Há vários dias, semanas, que os policiais, de todas as categorias, até os bombeiros, fazem manifestações em praça pública reivindicando a votação imediata da PEC 300, que lhes traria melhorias salariais. O que intriga é que não aparece ninguém do governo ou do parlamento para ouvi-los.
Nada contra qualquer categoria de trabalhadores se reunirem e se manifestarem para serem ouvidos. Ou até mesmo pressionarem para buscar seus direitos. A questão é que policiais são servidores públicos e exercem um serviço essencial à sociedade – o de garantir a segurança pública, o combate à criminalidade.
Se deflagrarem uma greve geral, como vêm ameaçando, quem vai garantir esse serviço? Os fora-da-lei, os assaltantes, os traficantes, os es-tupradores, entre outros é que não. Por isso, a necessidade de se abrir canais de negociação entre a categoria e representantes dos governos e do parlamento para dar o devido encaminhamento a esta questão da PEC 300.
O que a sociedade não pode aceitar é ficar exposta a uma situação de intranquilidade ou, no caso, de uma paralisação, à sanha da criminalidade. Mais, aliás, do que já está. O caso é sério, não é uma manifestação de floristas, e como tal precisa ser tratado por ambos os lados.