Mais uma alagação do Rio Acre, com todos os transtornos previstos, incluindo algumas tragédias, algumas mortes. Problema que se repetirá no próximo e nos próximos anos, se medidas mais radicais, duradouras não forem tomadas a curto e médio prazo.
Não se discute o bom trabalho de assistência aos desabrigados que a prefeitura da Capital e o governo do Estado, através da Defesa Civil e órgãos assistenciais, vêm fazendo.
O que se deve por em discussão é que está na hora, aliás, já passou da hora, de se pensar num grande projeto de reordenar a ocupação da cidade, desativando de uma vez por todas, esses bairros localizados em áreas sabidamente alagadiças e mudando seus habitantes para áreas mais altas.
Algumas iniciativas já foram feitas nesta direção. Porém, ainda insuficientes para acabar de vez com esse problema que se repete todos ou quase todos os anos, com todos os transtornos, prejuízos e até mesmo mortes previstos.
Alguém, talvez, possa argumentar que isso é impossível, que é ‘mais barato’ prestar essa assistência do que desativar esses bairros. Não é bem assim. A cidade só resolverá seus problemas quando reordenar seu crescimento para áreas onde se possa realizar obras de infraesturura duradouras e não apenas remendos que serão tragados e levados pelas águas.