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Jogadores “importados” ameaçam não entrar em campo pela Adesg

A delegação de importados na Associação Desportiva de Senador Guiomard – Adesg – é composta por 14 jogadores. A grande maioria está reclamando das condições que vem enfrentando no clube do interior e ameaçam até mesmo não entrar em campo no domingo, quando enfrentam o Andirá EC, a partir das 16h, no estádio Naborzão.

Entre as várias reclamações está a falta de pagamento, condições de trabalho adequado, alimentação adequada para atletas e, o mais importante, a presença da diretoria do clube para conversar com os atletas. “Não existe nenhuma diretoria, apenas o presidente (Frank Lima) que não aparece para dar qualquer satisfação para nós”, disse um atleta que não quis se identificar.

Na última quinta-feira, o atleta reclamou que só conseguiram jantar devido a solidariedade de um torcedor local que tem uma pizzaria e conseguiu um “lanche”. “Hoje quase que não almoçamos e só após a denúncia numa rádio é que alguém para onde almoçamos e foi liberado. Isso também está acontecendo no hotel, onde o dono ameaça nos despejar se até a próxima não receber nada”, desabafou o jogador. “Nós foi prometido uma casa e que deveríamos esperar apenas duas semanas, mas já passaram dois meses”, reclama.

Um dos torcedores que auxiliam os jogadores confirmou a ausência do presidente nos treinos ou para ajudar comissão técnica e jogadores. “Até mesmo sabonete e outros materiais higiênicos vem sendo fornecidos por nós, porque ele (Frank) não aparece”, garantiu. “Até os jogadores daqui estão reclamando”.

O jogador lamentou até mesmo o fato de dois jogadores que precisam da transferência não estão recebendo qualquer suporte. “Não foi pago a transferência e o zagueiro Biro vai até mesmo tentar dar um jeito para solucionar”, lamentou. “Estamos esperando o presidente até domingo e se não aparecer não jogamos”, disse, afirmando que os jogadores tem sido profissionais e até mesmo na forte chuva de quinta, todos estavam treinando, porém à noite vem a notícia de falta do jantar. “Isso quebra qualquer espírito”.

E concluiu: “Independente de qualquer coisa, a falta de respeito que tiveram conosco, será meu último jogo. Eu é que vou dar um jeito e vou embora e garanto, não sou o único”. Segundo o jogador, o único motivo de já não terem ido embora foi pelo respeito com o técnico José Armando. “Só não fomos por ele, mas nem mesmo isso irá segurar a gente na próxima semana”.

O outro lado – A reportagem de A Gazeta tentou entrar em contato com o presidente da Adesg, Frank Lima, pelo telefone 9211-**49, porém não foi atendida.

Parceria – O governo do Estado assinou o convênio com os clubes, onde cada um irá receber a parte referente ao primeiro turno, de R$ 20 mil, que deve ser liberado nos próximos dias, porém ainda sem data definida, segundo fonte do Governo.

 

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