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Asfalto em ramais garante escoamento da produção a centenas de famílias no Acre

O asfaltamento de ramais no Acre vem proporcionando, neste inverno rigoroso, garantia de escoamento da produção e mobilidade para centenas de famílias que vivem no campo. O Governo do Acre completa até dezembro deste ano 250 quilômetros de ramais pavimentados pelo sistema TSD (Tratamento Superficial Duplo) assegurando regularidade, quantidade e qualidade na produção e no abastecimento. “Da meta, já temos 140 quilômetros concluídos e estamos concluindo os 110 quilômetros restantes”, informou Marcos Alexandre, diretor-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem, Hidrovias e Infraestrutura.

A região conhecida como Cinturão Verde de Rio Branco é um dos mais importantes modelos de inclusão socioeconômica obtidos a partir de investimentos em infra-estrutura e ramais. São pólos agroflorestais, comunidades tradicionais e assentamentos que conseguem manter a produção e o abastecimento do mercado da Capital mesmo sob chuva intensa. “O asfaltamento se insere em uma estratégia de interligação modal, do rio com a estrada, e se dá por critérios como produtividade, serviços públicos e presença de pessoas”, explicou Nilton Cosson, da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof).

Há outros exemplos. A  Linha 10 do Projeto de Assentamento Humaitá, é um deles: o ramal principal foi asfaltado em 13,2 quilômetros ao custo de R$ 2,4 milhões, ligando várias coletoras à Estrada de Porto Acre e ao Rio Acre, formando um meio intermodal para acesso e escoamento da produção naquela região. O trabalho de pavimentação está bastante avançado e, assim como no Pólo Hélio Pimenta, é também  feito pelo processo de tratamento superficial duplo, bastante resistente e duradouro.

A tendência, sem esses investimentos, seria uma queda brusca na produção. Mas a incorporação de tecnologias como o cultivo protegido e o acesso através de ramal asfaltado garantem colheitas em níveis significativos e capazes de atender a demanda. “Isso é mais perceptível especialmente em relação às hortaliças foliosas, cuja produção cresceu 50% depois que o ramal foi asfaltado”, disse Jorge Rebouças, diretor do Departamento de Agropecuária e Extrativismo da Secretaria Municipal de Agricultura.

Os investimentos asseguram a fixação do homem à terra, como o agricultor Raimundo Borges. Há 26 anos vivendo na Linha 10, Borges comemora a chegada do asfalto propondo o fortalecimento do Grupo de Produtores Ecológicos do Humaitá, que reúne 22 famílias de pessoas que cultivam apenas de forma orgânica e sustentável. “Com o asfalto, temos o incentivo da produção”, disse. A produção da Linha 10 participa do programa de alimentos da merenda escolar. O asfalto assegura a entrega dos produtos no prazo contratado. 
 
Produção e escoamento de verão a inverno
No Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta, a 19 quilômetros do Centro de Rio Branco na Estrada de Porto Acre, foram asfaltados 4,7 quilômetros de ramais ao custo de  mais de R$ 1,2 milhões. O asfalto resulta no benefício direto de mais de 50 famílias assentadas em 35 módulos de 3,5 hectares.

O programa de melhoria de ramais começou em 2005 com a implantação de serviços como bueiros definitivos, pontes, piçarramento. Atualmente, já são 75 quilômetros de ramais asfaltados, o que é algo realmente muito importante. Anualmente é feito o trabalho de melhoria de mais de 4.000 quilômetros de ramais.

O governo Binho Marques investiu até agora R$ 82 milhões em asfaltamento rural. Os recursos para implantação desses ramais são do Governo Federal, através do BNDES (Fase III), do Governo do Acre e do Programa Calha Norte. (Agência Acre)

 

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