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Empresários reclamam de difícil acesso ao crédito do BNDES

A história é sempre a mesma: em toda apresentação sobre disponibilidade de crédito, as instituições financeiras enfatizam o volume de recursos à disposição da classe empresarial para o corrente ano. No entanto, minimizam as dificuldades para se obter acesso a eles. Este é um dos maiores gargalos enfrentados pelos empresários do setor industrial acreano e que, apesar de inúmeros encontros, debates e reuniões a respeito, pouco se avançou nesta questão.

Em virtude disso, o gerente da Área de Inclusão Social do BNDES, Irapuan de Menezes Braga, solicitou uma audiência com empresários industriais do Estado na Sala de Reuniões da Presidência da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), na manhã de ontem, 19. O objetivo era ouvir os principais anseios e reclamações da classe para que, a longo prazo, seja encontrada uma solução a contento.

No entanto, a maior reclamação dos empresários é a dificuldade de acesso ao tão alarmado crédito que, no caso do BNDES, só é liberado por meio de agentes financeiros parceiros (bancos privados). “A grande questão é a má vontade dos agentes financeiros, que dizem não querer correr riscos. Para aprovar um cadastro, recaímos no gargalo de sempre”, explicou João Francisco Salomão, presidente do Sistema Fieac.

O grupo também reivindicou uma política diferenciada de disponibilização de crédito para o Acre, senão para a Amazônia, que é uma região em franco desenvolvimento. De acordo com Irapuan Braga, isto não é impossível, no entanto é preciso uma pressão política, feita por intermédio da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).

Outra proposta feita pelo gerente de Inclusão Social para acesso rápido ao crédito foi a utilização do Cartão BNDES, que pode ser emitido por todos os bancos privados parceiros com um limite pré-aprovado de até R$ 1 milhão. No entanto, até mesmo para emitir o cartão, os empresários alegam obstáculos por parte dos fornecedores. Logo, Braga propôs ainda que um banco regional fosse o principal emissor do serviço, uma vez que é uma instituição da Amazônia, conhecedora das peculiaridades locais e que também trabalha com liberação de crédito.

“Minha missão aqui é tentar formular idéias junto com vocês para que possamos trabalhar de forma conjunta e atingir nossos objetivos. Podemos começar com este plano-piloto no Estado e ver como nos saímos. Porém, não estamos falando aqui de soluções para o ano que vem, mas para médio e longo prazo”, declarou Irapuan. (Ascom Fieac)

 

 

 

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