O Enem ao final do ano será aplicado apenas após o segundo turno das eleições presidenciais (31 de outubro). O governo federal avalia que a edição 2010 sofre mais riscos de fraudes devido ao período eleitoral.
De acordo com o texto, o entendimento surgiu durante investigações do vazamento do exame em 2009 –provas foram oferecidas para órgão de imprensa em troca de dinheiro. Após ouvir membros das diversas instituições envolvidas (consórcios, gráfica e a própria União), a PF indicou ao Ministério da Educação a possibilidade de uso político de eventual fraude no exame.
Uma fonte do ministério disse que o risco foi considerado na decisão de não aplicar o exame neste meio de ano. A informações foi divulgada ontem, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, após reunião com o Conselho Universitário da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Reformulado em 2009, o Enem é usado no processo de seleção em universidades federais e estaduais, para concorrer a uma bolsa no ProUni (Programa Universidade para Todos), e do SiSu (Sistema de Seleção Unificada), que oferece vagas em universidades federais que utilizam o Enem no processo seletivo.
Na última edição, o número de inscritos foi o maior registrado nas 11 edições do exame, com 4.147.527 candidatos.
No ano passado, o MEC suspendeu a prova do Enem –que deveria ocorrer entre os dias 3 e 4 de outubro–, após o conteúdo das questões vazar. A data do novo exame foi remarcada para os dias 5 e 6 de dezembro. O caso é investigado pela Polícia Federal, que indiciou cinco suspeitos de envolvimento. (Folha Online)