O governador em exercício do Acre, Edvaldo Magalhães, inaugurou nesta sexta-feira, 12, a Escola Pedro Martinello, no bairro Montanhês, em Rio Branco. Construída dentro do projeto padrão da Secretaria de Estado da Educação, a escola possui 12 salas de aula e mantém 1.360 alunos distribuídos nos turnos manhã, tarde e noite no ensino fundamental e médio, além de Educação de Jovens e Adultos e o Projeto Poronga. A obra foi concluída no final do ano passado e custou R$ 2 milhões.
Estiveram presentes a secretária-adjunta de Educação, Maria Luíza; o prefeito em exercício de Rio Branco, Eduardo Farias; o deputado federal Fernando Melo; os deputados estaduais Moisés Diniz e Maria Antônia; o secretário municipal Márcio Batista; vereador Elias Campos; ativistas educacionais como Evaristo de Lucca; além de dona Ivanilda, Vanilda e Rafael Martinello, respetivamente viúva e filhos de Pedro Martinello.
Para Edvaldo Magalhães, o ato de descerramento da placa marcando a inauguração oficial da escola é carregado de simbolismo apesar de toda a simplicidade. “Este momento tem o modelo do Binho, de fazer inaugurações bastante simples, mas de grande significado”, disse o governador que ocupa provisoriamente o cargo até a próxima semana. Binho Marques encontra-se em viagem ao exterior e o vice-governador César Messias representa o Acre em evento com governadores amazônicos e técnicos do Governo Federal em Rondônia.
“Quando a Frente Popular do Acre assumiu o governo”, continuou Edvaldo Magalhães, “metade dos municípios do Estado não tinham o ensino médio. Dez anos depois, se formos à comunidade indígena mais distante lá encontraremos uma escola de segundo grau”. Para ele, que considera esses avanços como “um grande movimento”, os indicadores educacionais do Acre surpreendem o Brasil: “Quando chegamos ao governo eram 15 mil alunos no ensino médio e hoje são 38 mil”, afirmou.
Com mais esta escola, o governador Binho Marques amplia o acesso à educação nas comunidades periféricas da capital. Jovens e crianças do bairro Montanhês não precisam mais fazer grandes deslocamentos para estudar. “Muitos estudantes tinham de tomar ônibus ou caminhar até seis quilômetros para chegar às escolas do Centro”, contou a diretora da escola, Valdemarina Monteiro.
Além de 12 salas de aula, padrão das escolas de ensino médio, a unidade possui também ambientes como salas de secretaria, diretoria, coordenadoria, professores, planejamento, laboratório de informática e de ciências, biblioteca, quadra poliesportiva coberta, cantina, almoxarifado, despensa e banheiros. A diretora lembra que a comunidade ficou muito satisfeita com a escola, que possui estrutura de alta qualidade e trouxe beleza ao bairro. “Essa escola foi construída para uma comunidade carente que necessitava de um ambiente agradável para seus filhos freqüentarem e adquirirem conhecimento”, disse a diretora.
A secretária de Educação em exercício, Maria Luíza, apresentou números que reafirmam o compromisso e a responsabilidade do governo com a educação. “Nestes 12 anos de governo, são 827 obras da educação. Não é pouca coisa e mostra o quanto vem sendo realizado para melhorar o ensino no Acre”, disse Maria Luíza.
Muito emocionada, dona Ivanilda Martinello disse que a família se sentia realmente homenageada com a decisão do Governo do Estado em emprestar o nome de Pedro à escola. “Estamos todos felizes e tenho certeza que o nome dele está bem empregado”, disse Ivanilda. Pedro Martinello morreu em Rio Branco em 14 de janeiro de 2003 após mais de 80 anos dedicados ao estudo e ao ensino.
“Pedro era alimentador de causas. Temos orgulho de sua história”, diz governador em exercício
O nome dado à primeira unidade de ensino médio do Montanhês presta homenagem ao educador Pedro Martinello. Nascido em Criciúma (SC) em 30 de julho de 1938, chegou ao Acre em 1971 a convite do bispo Dom Giocondo Maria Grotti, para atuar como pároco na Catedral de Rio Branco. Martinello foi professor na Escola Normal Lourenço Filho e ingressou como docente na Universidade Federal do Acre em 1973, sendo o primeiro doutor daquela instituição. Pró-Reitor de Pesquisa e Pós Graduação na mesma universidade (1988 a 1992) publicou o livro A Batalha da Borracha na Segunda Guerra Mundial e suas consequências para o Vale Amazônico.
Para o governador Edvaldo Magalhães, Pedro Martinello foi o primeiro a lutar pela união das esquerdas no Acre e, acima de tudo, era um homem que tinha a educação como causa -contexto em que sobretudo dedicava amor excepcional ao Estado do Acre. “Pedro era um alimentador de causas. O que ele queria era um Acre para todos, e nós temos muito orgulho de sua história”, disse Edvaldo Magalhães.
Escola de Ensino Fundamental e Médio Pedro Martinello
Investimento em obras: R.820.583,49
Equipamentos e mobiliário: R5.438,72
Total: R.006.022,21
Número de alunos: 1.360
Ambientes: 12 salas de aula, sala de secretaria, diretoria, coordenação, professores, planejamento, laboratórios de informática e ciências, biblioteca, quadra coberta, cantina, alomoxarifado, despensa e banheiros.
O QUE ELES DISSERAM
“Aqui, neste ato, o sonho e a realidade se encontram. Eduardo Farias, vice-prefeito de Rio Branco”
“Pedro representa o sonho de melhorar a educação no Acre. Evaristo de Lucca, educador”
“O nome desta escola é o de um homem que sempre amou o Acre.Fernando Melo, deputado federal”
“A gente fica orgulhosa de participar de um grupo político em que o governador investe muito, e muito em educação.Maria Antônia, deputada estadual”
(Agência de Notícias do Acre)