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Mulheres fundam associação para defender maridos policiais

Foi formada ontem, 22, a comissão provisória que conduzirá os trabalhos até a criação oficial da Associação das Esposas e Familiares dos Trabalhadores da Segurança Pública do Acre. O vereador sargento Vieira (PPS) e o major Wherles Rocha acompanharam de perto as discussões que aconteceram na sala de vídeo do Colégio Estadual Rio Branco (Cerb).

De acordo com Raquel Romeu, eleita presidente da comissão provisória, a criação da associação vem sendo discutida desde o dia 4 de maio do ano passado, quando os policiais militares do Acre realizaram uma grande manifestação em praça pública e alguns foram severamente penalizados por conta disso.

Bombardeada por uma série de denúncias que acabou dividindo a categoria, a Associação dos Militares do Acre (AME/AC) deixou o projeto de lado. “Não podemos mais esperar pela iniciativa da AME/AC, então porque não estamos falando apenas em esposas e familiares de policiais militares, mas sim de todas as categorias ligadas a Segurança Pública”, justificou Raquel.

Segundo ela, o movimento já conta com mais de mil mulheres cadastradas. Após a analise detalhada e a aprovação do estatuto que vai criar a associação, a comissão vai dar início a conversação com todos os sindicatos representativos dos trabalhadores da Segurança Pública.

“O nosso movimento é aberto para todos, desde a mulher do PM, do bombeiro e do poli-cial civil, ao agente penitenciário. A idéia é fortalecer a luta de nossos maridos, tendo como pauta inicial a defesa da PEC-300. Vamos nos unir ao movimento nacional já existente e tomar a frente das manifestações”, garantiu.

A PEC 300 é uma Proposta de Emenda à Constituição que pretende igualar os salários dos militares estaduais de todo o Brasil (ativos e inativos) aos salários dos militares do Distrito Federal, trazendo isonomia aos profissionais que desempenham a mesma função. A matéria já está em discussão no Congresso Nacional.

A participação do vereador Sargento Vieira (PPS) se resume ao apoio logístico. Como parlamentar eleito pelos policiais e bombeiros militares, ele disse que tem a obrigação de apoiar o movimento. “Entendemos que é viável e estamos dando o apoio necessário a concretização desse sonho, que só vai fortalecer ainda mais a luta dos policiais por melhores salários e condições de trabalho”, declarou.

 

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