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Peru orienta empresários do Acre para fortalecer comércio com país

O governo peruano não quer perder tempo no fortalecimento de seu comércio com o Brasil via Acre. Com previsão de ser inaugurada até o final do ano, a Estrada do Pacífico será o principal elo para fortalecer a relação comercial entre os dois países mais estáveis política e economicamente da América do Sul. Para preparar o empresa-riado acreano para essa nova fase, o consulado do país andino trouxe o advogado Francisco Pantigoso, especialista em Direito Internacional.

Durante essa semana, Pantigoso realiza uma série de palestras para empresários locais, com assessorias nas áreas tributárias, trabalhistas, ambiental, entre outras. Assim, os even-tuais investidores acreanos podem conhecer como é o fun-cionamento político e econômico do Peru. Recentemente, Brasil e Peru assinaram termo de cooperação para diminuir os trâmites burocráticos na relação comercial. O principal ponto é a redução de impostos.

“A partir da Estrada do Pacífico teremos uma relação bem mais próxima, mas essa relação precisa ser aperfeiçoada. Conhecer não só a realidade econômica peruana, mas também aspectos geográficos e culturais”, diz Pantigoso À GAZETA.  Segundo o especialista, o Peru oferece uma legislação mais simples e flexível que a brasileira, diminuindo os obstáculos burocráticos.

Diferente do Brasil, que possui leis federais, estaduais e municipais, no Peru há somente uma legislação da União que é seguida em todo o país, mais códigos municipais para normatizar a vida nas cidades. “O Peru oferece uma segurança jurídica aos empresários, fator essen-cial hoje em dia”, afirma ele. Graças a essa estabilização, completa, o Peru tem sido o país que mais tem crescido dentro do continente sul-americano, com taxas de crescimento de quase 10% ao ano. Para 2010, a previsão é de 5%.

A realidade vivida hoje pelo Peru é um contraste quando comparado com seus vizinhos de origem espanhola. Com governos populistas, essas nações a cada ano se afogam no ostracismo e na miséria. Capitaneado pelo venezuelano Hugo Chávez, a revolução bolivariana, como é chamado o atual modelo de governo populista, tem se mostrado um fracasso na região.

Com um presidente que fugiu desse populismo, Alan Garcia, o Peru recebe mais e mais investimentos internacionais. Entre esses investidores estão as grandes empresas brasileiras. “O Peru é hoje um país política e economicamente estável”, assevera Pantigoso. De acordo com ele, a intenção do governo agora é atrair empresas do Brasil de pequeno e médio porte.

O principal atrativo, diz ele, são os acordos comerciais que o Peru mantém com países asiáticos e os Estados Unidos, o que facilita as exportações para esses grandes mercados. Com tantas facilidades expostas, caberá aos empresários acreanos aproveitá-las, e, dessa forma, alçar vôos mais altos em seus negócios.      

 

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