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Policiais vão aderir movimento nacional em prol de melhorias

Os profissionais de Segurança Pública do Acre realizaram uma marcha juntos por melhores salários. Em assembléia geral unificada, realizada ontem, na Concha Acústica do Parque da Maternidade, eles decidiram aderir à programação nacional em prol da aprovação PECs 300, 308 e 446. Participaram do evento representantes dos policiais militares, bombeiros, civis e agentes penitenciários.
Dia 6 de abril, representantes de todos os estados marcham em direção à Brasília, onde vão protestar pela retirada de pauta das Propostas de Emenda à Constituição que criam a Polícia Penal e unificam o piso salarial das polícias em todo país. Se a pressão não funcionar, dia 13 de abril, serão realizadas novas assembléias e a greve geral pode ser decretada.

A assembléia geral unificada culminou com a realização de uma passeata pelo Centro da cidade. Na Frente da Assembléia Legislativa uma comissão foi formada para entregar ao presidente Edvaldo Magalhães (PCdoB), a proposta no âmbito estadual. Eles querem um reajuste de 15% para todas as categorias. As reivindicações passam ainda pela aprovação da Lei Orgânica da Polícia Civil e a revogação do Código de Conduta dos Agentes Penitenciários.

No caso da Polícia Militar, o último reajuste ocorreu de forma diferenciada. Os coronéis foram beneficiados com 50% de aumento, enquanto os demais integrantes com índices variados de 2% a 8%. Algo que a categoria quer evitar que aconteça.

Na tentativa de dar uma visibilidade maior ao movimento, o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Adriano Marques, conclamou os presentes a aderiram à comunidade criada na internet “Sem PEC Sem Dilma”. Uma forma de pressionar o governo a acelerar a votação das propostas antes do prazo fixado em decorrência do período eleitoral.

Presidente da AME é vaiado ao tentar vetar fala de vereador
O presidente da Associação dos Militares do Acre (AME/AC), Natalício Braga, foi vaiado ao tentar vetar os pronunciamentos do sargento PM Vieira (PPS) e do major Wherley Rocha. O acontecimento por pouco não frustrou o encontro que selou a união dos profissionais de Segurança Pública do Acre em prol de valorização salarial.

O fato retardou em quase duas horas o início da passeata que seria realizada até a sede do Poder Legislativo. Somente após a liberação dos microfones para Vieira e Rocha é que os militares presentes aceitaram em dar seqüência às atividades. “Nós repudiamos essa atitude da diretoria da AME e reafirmamos o nosso apoio à aprovação da PEC 300”, disse sargento Vieira.

Já o presidente do Conselho Deliberativo da AME, major Wherley Rocha, pediu desculpa aos representantes das demais categorias presentes e disse que o ocorrido é reflexo da falta de moral da atual presidência da Associação dos Militares. “É triste um movimento importante como esse ter pouco mais de 300 participantes. Isso acontece porque falta confiança na presidência”, destacou.

Para Natalício Braga, tudo não passou de um mal entendido. Ele negou que tenha algum tipo de problema pessoa contra Rocha ou Vieira. Em relação ao som que foi cortado no momento da fala do sargento Vieira, ele justificou que foi uma moradora das proximidades de onde ocorrida à assembléia que desligou por conta própria.

“O nosso sistema de som estava ligado na casa dela e já havia sido estipulado um tempo para a gente usar. Mas para não ter confusão eu me comprometi em pagar a conta e ela liberou novamente”, explicou. 

Na versão do vice-presidente da AME, sargento Ribeiro, existia um acordo pré-estabelecido para que as pessoas que tivessem mandato não falassem para evitar que o movimento virasse palanque eleitoral. O racha dentro da Associação dos Militares do Acre é antigo e já resultou até em pedido na Justiça para a realização de nova eleição.

 

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