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Famílias desabrigadas pela alagação voltam para casa depois de 16 dias

Após 16 dias morando no Parque de Exposições, as 285 famílias (1.250 pessoas) desabrigadas pelo transbordamento do Rio Acre voltaram para o aconchego de suas casas. Na manhã de ontem, às 7h, as coordenações estadual e municipal de Defesa Civil liberaram o retorno, mobilizando 245 bombeiros/alunos e uma frota de 36 caminhões da corporação para ajudar os desabrigados a regressar para o seu lar com todos os pertences. Às 16h de ontem, todas as famílias já tinham sido removidas do abrigo pela Defesa Civil.
Ao todo, o Parque Marechal Castelo Branco acolheu 316 famílias desde o momento em que foi aberto (2) até o dia 8 deste mês, quando o nível do rio atingiu o seu maior volume (15,55 m). A partir desta data, as águas do rio começaram a baixar, retornando à normalidade (-13,50m) no dia 11. Com as vazantes, 31 famílias resolveram deixar o local por conta própria. As demais 285 preferiram esperar até o aval de ontem para receber ajuda da Defesa Civil e regressar para suas moradias.

Mas por quê tanto tempo para o órgão liberar o retorno?  Quem responde é o próprio cel. Gilvan Vasconcelos, coordenador da Defesa Civil Municipal. Segundo ele, a Defesa Civil não efetuou as mudanças antes porque as previsões do tempo apontavam mais chuvas para as cabeceiras, o que tira qualquer certeza de como será o nível do Rio Acre até o fim do ‘inverno’. Ou seja, o órgão não podia arriscar fazer a remoção das famílias, já que o rio mostrava indícios de que poderia subir novamente a qualquer momento.

“Agora, a situação é bem diferente da semana passada. Nós constatamos que o rio provavelmente já atingiu o seu volume máximo do mês, com os 15,55m. Além disso, baseado no histórico dos últi-mos 39 anos (desde 1971), a ameaça de novas cheias para março ou abril são fracas. Hoje, o rio está com 8,96m. Se ele vir a encher de novo, é bem provável que não passe dos 14,50m. Por isso, estamos providenciando o regresso das famílias, mas deixaremos 120 boxes montados no abrigo por precaução”, explicou.

A respeito dos pertences, o coronel Gilvan contou que todos os objetos foram cadastrados pelo dono e organizados em um espaço próprio do abrigo, no sentido de evitar qualquer confusão, mistura, roubo, perda, etc. “Além disso, os 245 agentes foram orientados e treinados para fazer as mudanças com o máximo de cuidado”, destacou. 

 

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