O fiscal da vigilância sanitária, André Raimundo da Costa Júnior, 41 anos, se entregou ao tio, policial civil Gilson Barros, na tarde de ontem, 9. Ele estava em uma chácara na Rodovia AC-40. Na madrugada de domingo, 7, André assassinou a ex-namorada, Ely Felipe de Souza, 24, com um tiro na cabeça, no bairro da Glória.
Segundo informações, para se entregar André Jú-nior fez um acordo com a polícia de entrar pela porta dos fundos da Delegacia da Mulher e daquela unidade seguir direto para o presídio.
O acordo foi aceito pelo delegado Rafael Pimentel, que ouviu André por duas horas em depoimento, no qual alegou não ter a intenção de matar a ex-namorada e que no calor da emoção aconteceu o disparo.
A chegada do preso ao Instituto Médico Legal (IML), foi um “show” à parte. Uma ação coordenada pelo policial Gilson Barros, tio do acusado, e oito policiais desceram de dois carros particulares, contaram até três e sacaram suas armas para, em seguida, retirarem André de um veículo com a cabeça coberta por uma camisa e um chapéu.
Após ser examinado pelo médico legista, ainda no inte-rior do prédio do Instituto Médico Legal, André foi levado a uma sala no Instituto de Identificação e novamente os policiais civis se colocaram à frente do preso com as armas em punho.
O forte aparato policial jamais visto em uma transferência de preso fugiu totalmente ao cotidiano das escoltas que são realizadas diariamente em que somente quatro policiais recolhem até 20 presos nas delegacias, os leva ao Instituto Médico Legal e seguem para o presídio.
Segundo declarações do delegado Rafael Pimentel, a atuação dos policiais civis está dentro do protocolo de segurança do preso custodiado pelo Estado. Ele disse que a polícia recebeu informação que parentes da vítima tentariam contra a vida de André Júnior.