* Um, dois, três, quatro, cinco…
* … dez, onze, doze!
* Doze dias!
* Doze dias foi o tempo que a polícia levou para entrar oficialmente no caso do garoto Fabrício.
* É tempo demais! Demorou demais!
* E isso, leitor, porque o tio da vítima insistiu por seis vezes para ser ouvido na delegacia para que se começassem as investigações.
* É de lascar!
* Outra coisa que está perturbando o juízo, principalmente das mães e pais acreanos, é o caso do estupro do garotinho de seis anos.
* O professor acusado do estupro ainda não foi preso.
* Ninguém fala nada, ninguém diz nada.
* Como é que é? Ficou por isso mesmo???
* Tenham santa paciência!
* Aloôu!
* Será que vai ser preciso que aconteça alguma tragédia com um filho de secretário, de um deputado ou algum figurão da alta sociedade para que a polícia entenda qual é a sua missão?
* E as igrejas, a sociedade civil organizada? Não vão fazer nada???
* Que saudade dos tempos das vigílias, das manifestações, por onde anda aquele pessoal que pedia justiça por tudo e todos?
* As entidades dos Direitos Humanos bem que podia se manifestar ou provocar uma manifestação.
* No caso, a família do garoto Fabrício precisa, pelo menos, dar um sepultamento digno à ele e fazer uma missa.
* É o mínimo.
* E o Ministério Público Estadual? Não vai se manifestar?
* Que saudades também daquele pessoal do MPE que ia para as ruas medir a espessura do asfalto das obras do Orleir Cameli.
* Os fiscais da lei precisam sair dos gabinetes para defender a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses sociais e individuais indisponíveis.
* Perdoe-me chefinho. Pára de reclamar do preço do cheiro-verde.
* Cheiro-verde dá num vaso na minha cozinha. Imagina quanto cheiro-verde você irá colher na Colocação Mulateiro?
* Plante que a Eliane garante!
* Outro “racha” envolvendo caminhões do município acabou com uma batida.
* Dessa vez, nenhuma criança morreu. O prejuízo só foi material.
* Por falar nisso, por onde anda o motorista que causou aquele acidente que ceifou a vida de um garotinho e colocou a mãe em estado grave no hospital?
* Ninguém fala nada, ninguém diz nada.
* E assim caminha a humanidade.
* Até quando?
* Eliane Sinhasique – substituta.