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Chuvas de 80 mm fazem Rio Acre subir 1m e fecha o dia com 12,80m

As chuvas de 81,50 mm do último final de semana voltaram a encher o Rio Acre em quase 1 metro de segunda (5) para ontem (6). Com a alta, o rio fechou o dia com 12,80 m na Capital, ficando a apenas 70 cm da Cota de Alerta (13,50 m).

Conforme o cel. José Ivo, secretário executivo da Defesa Civil Estadual (Cedec), a previsão para o nível do rio nos próximos dias é incerta. Por um lado, as cabeceiras dos rios – Riozinho do Rola, Assis Brasil, Brasiléia – ainda estão cheias com as últimas chuvas, o que seria um indício de que estas águas ainda chegariam. De outro lado, a previsão do tempo para os próximos dias aponta chuvas esparsas, o que cessaria as elevações.

Mas enquanto o que acontecerá com o Rio Acre segue desconhecido, o risco de deslizamentos de terra ainda preocupa na Capital. Ao todo, cerca de 33 casas já cederam e foram deslocadas pelos desbarrancamentos. Enquanto isso, várias outras continuam em perigo. Somando as habitações ameaçadas nos bairros Preventório (300), Seis de Agosto (15) e Cadeia Velha (60) são 375 moradias/famílias (1,5 mil pes-soas) sob risco.

Todas as famílias que estavam no abrigo do Parque de Exposições já foram removidas para os lares de parentes ou para habitações preparadas pela prefeitura.

Monitoramento de outros municípios -Todos os rios acreanos estão sendo monitorados durante este ‘inverno’. De acordo com o secretário executivo da Cedec, apenas em Cruzeiro do Sul e em Sena Madureira os rios estão fora da normalidade. Em Sena, o rio começou a se estabilizar a partir de ontem, mas ainda estava na cota de alerta, 14 m, já tendo desabrigado 4 famílias.

Rio Juruá transborda e desaloja 15 famílias – O Rio Juruá passou desde a manhã de anteontem (5) a cota de transbordamento de 13 m em Cruzeiro do Sul. Hoje, o nível do rio alcançou 13,47 m, desabrigando 15 famílias que foram removidas ao Salão Cordélia Lima. O Corpo de Bombeiros mantém desde o final de semana um constante patrulhamento da comunidade Olivença até a Boca do Moa, que é povoada por ribeirinhos.

Segundo o Corpo de Bombeiros, em Marechal Thaumaturgo e Porto Walter, no Alto Juruá, o rio já está vazando, o que traz a esperança de que em breve o mesmo ocorra em Cruzeiro do Sul. Ontem pela manhã, as primeiras famílias nos bairros da Lagoa, Cruzeirinho Novo e Boca do Moa começaram a ser retiradas enquanto o major Moisés fazia um alerta às famílias para o cuidado redobrado com as crianças.

A construção da ponte do Juruá acabou por contribuir para que menos famílias fossem atingidas pela cheia. Na área da ponte foram retiradas 70 famí-lias – que hoje residem no conjunto habitacional Novo Miritizal, construído pelo Governo do Estado – que certamente estariam entre os atingidos pela cheia. Já a ponte não sofreu qualquer prejuízo, pois o bloco principal (quase mil metros de concreto), bem como os demais pilares já estão construídos, o que permitirá que a obra continue sem interrupção. (Agência Acre)

 

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