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Edivaldo Guedes morre na UTI da Fundhacre

Uma vida dedicada a ajudar os mais necessitados. Assim podem ser resumidos os 62 anos do poeta, filósofo e político Edivaldo Guedes, que morreu às 21h da noite de domingo (4), na Fundação Hospitalar, com falência múltipla nos órgãos. No seu velório e sepultamento, a lembrança de seu maior sonho marcou as emoções de quem foi lhe prestar às últimas homenagens em seu ‘santuário’ – a Cafua Não Me Deixes, uma terra de 3 ha que serviu para que Edivaldo se dedicasse durante 31 anos a ajudar vítimas das desigualdades sociais acreanas, grupos de mútua-ajuda e vender peças de carros usados.
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O político estava internado há cerca de 20 dias. Ele deu entrada no hospital Santa Juliana com uma inflamação na vesícula, mas acabou contraindo uma infecção hospitalar mais grave que levou à causa de sua morte.

Com reconhecimento pela trajetória humilde, amigos, parentes e admiradores participaram do velório e assistiram com saudosismo ao sepultamento do idealista. O corpo de Edivaldo foi enterrado ao lado do de sua amada mãe, Rita Soares Guedes, num pedaço do seu santuário, legalizado como cemitério pela prefeitura há mais de 20 anos.

De acordo com Silvano Santiago, advogado e amigo, Edivaldo Guedes era um homem muito simples, com uma missão nobre de ajudar quem precisava. “E ele gostava disso. Não fazia por politicagem. Prova disso foi quando ele comprou esta terra (Cafúa) e deu 100 lotes para famílias carentes. Outra prova foi quando empresários do shopping Via Verde oferecerem R$ 4 milhões pelo lugar, mas ele recusou alegando que este era o lar de reabilitação para muitos dependentes químicos”, lembrou.

Quem também não escondeu a admiração pelo legado de vida do poeta foi sua irmã, Elisabeth Guedes da Costa. Bastante emocionada, ela contou que o irmão sempre será um exemplo de compaixão e solidariedade para o povo acrea-no. “Eu me orgulho muito de quem ele foi e do que ele deixou de ensinamento para todos nós”, disse.

Um homem, uma causa
Nascido em 26 de julho de 1948, em Teixeira, Paraíba, Edivaldo Guedes foi um homem que sempre dedicou a sua vida a ajudar o próximo. Ele chegou ao Acre em 1972 e por conta da sua preocupação com os necessitados logo se tornou suplente de vereador da Capital pelo MDB, assumindo o cargo após a saída de Iolanda Fleming. Na Câmara, ele apresentou a proposta de meia-entrada para estudantes no transporte coletivo e lutou pela isenção do IPTU aos idosos e viúvas que recebiam menos de 1 salário-mínimo. Por ser um idealista ‘polêmico’ num período crítico de ditadura, foi expulso do partido.

Atualmente, Edivaldo era pré-candidato ao Governo do Estado pelo PSOL. O poeta tinha o sonho de ser governador para que a sua maior luta se estendesse a um nível mais amplo.

Conforme Elisabeth Guedes, outra palavra que, infelizmente, resume a trajetória de vida de seu irmão é ‘injustiça’. É que Edivaldo sempre teve idéias dignas de um visionário e que buscavam ao máximo beneficiar aos mais injustiçados pela so-ciedade. Por tal razão, a sua carreira política sempre foi indesejada por muitos que enxergavam neste meio não uma forma de ajudar as pessoas e sim de alcançar interesses próprios.

Secretário do PSDB morre ao receber notícia
Outra figura política que também deu seu último suspiro no começo desta semana foi Milton Inácio, ‘Miltinho Senador’, 60 anos, secretário executivo regional do PSDB. Ele havia sofrido um acidente de trânsito na sexta-feira e foi levado ao Pronto-Socorro. Lá, passou por avaliações médicas e recebeu alta por apresentar um quadro estável. Tudo parecia bem até que, na manhã de ontem (5), após saber da morte do amigo Edivaldo Guedes, ele ficou bastante abalado. Logo depois, Milton foi achado desacordado no banheiro da casa onde morava. (T.M, com informações da agência agazeta.net).

 

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