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Eletricitários param por 24h para cobrar negociação de PCR

Os eletricitários de todo o país fizeram ontem uma paralisação de 24h, em repúdio à falta de negociações da Eletrobras para o PCR (Planos de Cargos Remunerados) e a PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Os trabalhadores alegam que a paraestatal não tem se empenhado em ouvir a categoria para chegar a um acordo. No Acre, há cerca de 270 eletricitários das extintas Eletroacre e Eletronorte (atual Eletrobras – Distribuição Acre) que cruzaram os braços. Eles cobram melhores condições de trabalho.

Os servidores da antiga Eletroacre foram à frente da empresa para os tradicionais ‘gritos’ de protesto, enquanto os da Eletronorte fizeram uma assembléia de discussão sobre o assunto. De acordo com Marcelo Jucá, presidente do Sindicato dos Urbanitários (Stiu/AC), a luta é por acertos salariais prometidos desde dezembro do ano passado. O movimento se estenderá pela Capital e interior, com chances para novas paralisações.

“A nossa intenção não é parar. Queremos é prestar um serviço de qualidade para a população. Porém, nossa realidade não permite. Enquanto as condições de trabalho forem estas será muito difícil realizar tal serviço. Portanto, o que desejamos de verdade é que a Eletrobras invista no seu trabalhador e na qualidade do seu serviço”, afirmou.

Além dos acordos salariais, outro ponto bastante cobrado pelos trabalhadores é a falta de contratação para o cargo. Segundo Jucá, o quadro efetivo de eletricitários no Acre é altamente defasado, com necessidade urgente de contratações.

“Há 10 anos, havia cerca de 1 mil efetivos para atender um público de 97 mil. A partir de 2007, começaram a privatizar o serviço. O resultado desse processo malfeito é que hoje são 270 eletricitários para atender um público de 195 mil consumidores, já que os servidores privados sempre tiveram problemas com as empresas”, contou Jucá.

O movimento em âmbito nacional foi decidido desde a última quinta-feira, 8. Os trabalhadores destacam a inclusão de todas as Distribuidoras nos lucros da Eletrobras, o que garantiria, entre outras coisas, uma tabela salarial única (fim da discriminação entre classes). Eles também querem mostrar que não aceitam o PCR imposto pela Eletrobras.

 

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