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Falta de diálogo entre sindicato e empresa de ônibus resulta em protesto

Terminou em protesto ontem a falta de diálogo entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Passageiros e Cargas do Estado do Acre (Sinttpac) e a empresa de ônibus São Roque. A manifestação aconteceu na frente da garagem da empresa, no bairro Quinze.
A presidente do Sinttpac, Celina Ferreira, acusa a direção da São Roque de boicotar o acesso do sindicato a empresa. Segundo ela, a categoria está em data base desde o dia 1º de abril, e a empresa é a única das quatro que operam na Capital que está se recusando a conversar com o sindicato.

“Nós só chegamos a esse ato extremo porque a diretoria não quer nos receber”, declarou Celina que contou com o apoio de vários outros sindicatos durante a realização do protesto. “Nós evitamos convocar a categoria para evitar represálias, mas os companheiros de outros sindicatos estão aqui nos prestando apoio”, garantiu.

O gerente da empresa São Roque, Antônio Cezar, disse que não existe qualquer proibição de acesso dos membros do sindicato. Segundo ele, a diretoria está desrespeitando a convenção coletiva firmada na última negociação, onde são estabelecidos critérios para a solução de litígios entre as partes.

Uma das cláusulas citadas por ele estabelece que “os dirigentes do Sinttpac não pode  ingerir na administração das empresas e nos recintos de garagem, entendendo como tal, o contato direto com os empregados, contestando ou alterando ordens emanadas da administração.

De acordo com Cezar o foro competente para discutir os assuntos pendentes entre o sindicato e as empresas é a reunião realizada mensalmente no Sindcol para este fim. “A atitude tomada pelo Sindicato é precipitada e equivocada. Nós já comunicamos o caso ao Ministério Pùblico”, informou.

Sem uma resposta positiva por parte da empresa, os manifestantes se deslocaram até o Terminal Urbano de Rio Branco, onde atuaram no esclarecimento dos trabalhadores do transporte coletivo sobre a atual situação salarial da categoria. A defasagem salarial dos últimos 10 anos é de 37% e o sindicato promete exigir o mínimo de 30% na negociação deste ano.

Caso um acordo não seja estabelecido novas manifestações não estão descartadas. Existindo a possibilidade, inclusive, de bloqueio do portão de entrada da garantem da São Roque.

 

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