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Governo capacita seringueiros sobre FDL

Beneficiar a borracha dentro da floresta, garantindo a permanência do seringueiro e melhor oportunidade de renda, através de um processo de extração de látex menos trabalhoso e sem a fumaça que prejudicava a saúde. Essa é a proposta da Folha de Defumação Líquida (FDL), método desenvolvido pela equipe do professor Floriano Pastore, da Universidade de Brasília (UnB).

O processo está sendo ensinado a seringueiros de Tarauacá, Feijó, Sena Madureira, Marechal Thaumaturgo e do Projeto de Desenvolvimento Bonal. O curso, com orientadores da UnB, é dado através da Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof).

Em Assis Brasil, comunidades da Reserva Chico Mendes, que já trabalham com o processo há alguns anos, vendem toda a produção para a Veja, uma indústria de calçados européia que fabrica solas de sapato e produz tênis com materiais totalmente orgânicos. O contrato com a Veja será renovado esta semana e ela pretende comprar toda a produção de FDL do Estado.

“O processo utiliza uma quantidade de água bem menor. A borracha não passa pela etapa de apodrecimento, não acumula resí-duos como folhas e insetos, não tem mal cheiro nem precisa ser defumada. Além disso, a renda pode ser até três vezes maior”, disse Marcelo Soares, químico da UnB. (Agência Acre)

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