A greve dos servidores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) paralisou em 70% os atendimentos realizados na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Acre. Com apenas 30% do efetivo em operação – exigência legal – foram priorizados apenas os atendimentos essenciais, ficando para segundo plano serviços como a emissão de carteira de trabalho e solicitação de seguro-desemprego.
Em decorrência da reforma do prédio, os servidores não puderam fazer o tradicional protesto na frente da superintendência, com sede em Rio Branco. Trajando camisetas da manifestação, eles se mantiveram em suas salas, porém de braços cruzados.
Os grevistas reivindicam melhores condições de trabalho e de atendimento à população e a implantação imediata de plano de carreira específico para a categoria, além de regulamentação da jornada de 30 horas semanais, com dois turnos de seis horas cada.
Eles também estão insatisfeitos com o Governo Federal em virtude do não cumprimento de acordos firmados em negociações anteriores. Servidores de outros órgãos federais com representação no Estado, como Incra, Ibama e Funasa, devem ser convocados para fortalecer o movimento.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Sindsep), Pedro Nazareno, outra preocupação é em relação à aprovação da Lei 549/2009 que prevê um arrocho nos salários dos servidores públicos federais e ainda limita a realização de concurso para a contratação de novos trabalhadores.
A proposta já foi votada no Senado e segue agora para a Câmara dos Deputados. “Não somos favoráveis a ela porque traz prejuízos aos servidores. Fica tudo limitado, salários, concursos”, disse.
Foto/Sabrina Soares