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Greve na DRT interrompe emissão de mais de 350 carteiras de trabalho

A greve dos servidores administrativos da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) – atuantes pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – completou ontem 8 dias. Os trabalhadores pedem a elaboração do Plano de Carreira específico para a categoria (que estabeleceria avanços salariais), a contratação de mais efetivos e a não aprovação no Congresso Federal do Projeto de Lei 549/09 (congelar o salário dos servidores federais por 10 anos, com apenas reajuste a cada 2 anos de 2,5% do IPCA e a inflação do PIB).

Com a paralisação, estima-se que mais de 90 mil carteiras de trabalho (documento essencial para garantir os direitos do trabalhador) deixaram de ser feitas nos 16 estados brasileiros que aderiram à greve. No Acre, a previsão dos servidores é que cerca de 350 carteiras de trabalho tenham deixado de ser emitidas pela DRT desde a segunda-feira da semana passada, quando foi deflagrada a greve no Estado.

Além da emissão das carteiras, outros serviços interrompidos são: a documentação do seguro-desemprego, homologação de empregos, procurações trabalhistas e até ações de campo da equipe de fiscalização (que precisa do apoio de escritório para fechar relatórios).

Apesar dos prejuízos ao trabalhador brasileiro, a União ainda não sinalizou qualquer tipo de negociação com a classe do MTE. De acordo com Ivaneide de Oliveira, chefa da administração da DRT/AC, as greves por melhorias salariais já vem sendo feitas desde o ano passado. A última ocorreu em novembro e durou 35 dias. O Governo Federal a suspendeu prometendo negociação, mas não cumpriu a promessa. “Desta vez, eu creio que não vamos parar até que se chegue a um acordo satisfatório”, afirmou ela.

Para fortalecer o movimento grevista no Acre, os administradores da DRT prometem se unir aos servidores federais das demais superintendências locais (Incra, Ibama, etc) para fazer um ‘supermanifesto’ das categorias prejudicadas pelo PL 549/09.

 

 

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