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Indústria prevê queda do preço do álcool nas próximas semanas

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), organização que representa o setor, prevê queda do preço do etanol nas próximas semanas. Depois da redução de preços no mês passado, o diretor executivo da instituição, Eduardo Leão de Sousa, avalia que a alta registrada recentemente é apenas um “soluço”, decorrente do excesso de chuvas.

Leão descarta o risco de desabastecimento e explica que o problema é pontual, provocado pela redução da oferta, prejudicada pelas chuvas no interior de São Paulo. O estado concentra cerca de 50% da produção nacional. “Tivemos um início de safra um pouco atípico”, afirmou.

Embora os custos estejam sendo repassados para as bombas durante este mês, com a melhora nas condições climáticas, o diretor estima que os preços devam cair. “É uma situação temporária que deve se normalizar nos próximo dias, seguramente. A redução leva um tempo”, completou.

Sobre a produção de açúcar, que em alguns momentos, devido ao aumento da demanda, compete com a de etanol, Leão evitou fazer previsões. Segundo ele, essa é uma tendência que depende do mercado.

Em 2008, o país registrou queda no preço do álcool combustível. No entanto, os problemas com a safra de cana-de-açúcar da Índia puxaram a demanda externa e fizeram com que produtores trocassem o etanol pelo açúcar, provocando aumento de preços no mercado interno.

“O consumidor brasileiro mostrou maturidade, entendendo a demanda do carro flex. Ele tem o poder na mão para definir qual produto quer utilizar. No ano passado, entendeu que, em algumas situações, a gasolina ficou mais competitiva e reduziu o consumo de etanol. Isso, somado ao início de safra, fez cair o preço do etanol e o consumidor migrou de volta”, disse Leão.

Ainda de acordo com o diretor da Unica, para 2009 está previsto um crescimento de 15% na produção de etanol em relação a 2009 e um aumento de 19% na de açúcar. O diretor da Unica participou hoje (14) do encontro empresarial dos grupos de países Brasil, Rússia, Índia e China (Bric) e Índia, Brasil e África do Sul (Ibas), Bric-Ibas, na capital fluminense. (Agência Brasil)

 

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