Brasília – A Amazônia perdeu uma área de pelo menos 208,2 quilômetros quadrados (km²) nos meses de janeiro e fevereiro de 2010. Os números são do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), divulgados hoje (8) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Em janeiro, foram detectados 23 km² de desmatamento e em fevereiro 185 km². Nos mesmos meses de 2009, o Inpe havia observado 222 km² e 143 km² de desmate, respectivamente. No entanto, por causa da distribuição de nuvens, o instituto evita comparações entre os períodos.
São os primeiros dados do Deter divulgados em 2010. Nos meses da estação chuvosa na Amazônia, o Inpe agrupa os alertas em uma base bimestral ou trimestral para melhorar a amostragem.
A cobertura de nuvens impediu a visualização de 69% da região em janeiro e em fevereiro 57% da Amazônia Legal ainda estavam encobertos, o que dificultou a observação dos satélites.
Mato Grosso, que tinha a maior parte do território sem nuvens, acumula o maior desmatamento no período. O Inpe registrou 143,4 km² de novas derrubadas no estado – 69% do total detectado em janeiro e fevereiro em toda a região. Em seguida aparecem Roraima, com 26,9 km² de novos desmates, e o Pará, com 17,2 km² a menos de florestas.
O desmatamento medido pelos satélites no Maranhão foi de 11,7 km²; em Rondônia, de 7,4 km²; e no Tocantins, de 1,7 km².
A medição do Deter considera as áreas que sofreram corte raso (desmate completo) e as que estão em degradação progressiva. O sistema serve de alerta para as ações de fiscalização e controle dos órgãos ambientais. (Agência Brasil)