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Madeira, castanha e carne devem ser exportados em breve para a China

A carne e a madeira manejada do Acre, além da castanha, poderão aportar em breve na China graças a encontros organizados pelo Grupo Baumann entre políticos e empresários integrantes da Missão Empresarial Acre/China com agentes das iniciativas privada e pública chinesa ocorridos entre a última sexta e esta segunda-feira. 

O Grupo Baumann, que organizou a Missão Empresarial Acre/China, promoveu três reuniões, duas com a presidência da 107ª Feira de Cantão e uma com a prefeitura de Zhuhai, cidade costeira em frente a Macau e a 70 minutos via marítima de Hong Kong, que vive desde a década de 1970 a experiência de uma Zona Econômica Especial (ZEE). 

A experiência da cidade vizinha à antiga concessão portuguesa foi importante para os acreanos, que pleiteiam a implantação de uma Zona de Processamento de Exportações (ZPE) em julho deste ano no Estado. Com nomes diferentes, na prática, a gestão das duas zonas têm muito em comum. Servem como área de atração de negócios e garantem incentivos fiscais para empresas, acabando por se tornar polos de desenvolvimento e geração de emprego. Em Zhuhai, já são 200 empresas instaladas, parte do processo que garante à cidade um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 100 bilhões anuais. Em 30 anos, a pacata vila de 3 mil habitantes viu sua população saltar para de 1,5 milhão de pessoas, cuja renda per capita é de US$ 10 mil.

O primeiro passo concreto nas parcerias Acre/China pode ocorrer já no início do segundo semestre. O presidente da Feira de Cantão Importação e Exportação, Liang Jinsheng, que também preside uma associação de móveis de madeira na China, promete para o início do segundo semestre uma missão chinesa ao Acre, que trabalha com madeira manejada e garante sustentabilidade na exploração do negócio.

“Ninguém pode se dizer preparado para viver as relações econômicas do século 21 se não conhecer a China. Por outro lado estamos na Amazônia, a grande câmara de resfriamento do planeta. Lá moram 25 milhões de pessoas que querem comprar e movimentam bilhões de dólares todos os anos”, lembrou o senador Tião Viana (PT-AC).

A aproximação não poderia ser em momento mais apropria-do, quando as economias do BRIC (bloco de países emergentes composto por Brasil, Rússia, Índia e China) se aproximam. O Acre, com 88% de área de floresta, é rico em complementariedades com a China. E pode ainda estar mais próximo da Ásia, com a inauguração da Rodovia Transoceânica, que ligará o Acre ao porto de Ilo, no Peru, até o final deste ano. (Ascom)

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