A paralisação nacional da Polícia Federal, que deveria ser de 24h, no Acre só durou 12h. Em assembléia geral extraordinária na frente da Superintendência, em Rio Branco, agentes delegados e peritos decidiram pelo encurtamento do protesto. As perdas salariais da categoria ultrapassam os 70%.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Estado do Acre (Sinpofac), Guilherme Delgado, os salários dos agentes federais são os mais defasados da União. Nos últimos oito anos, os reajustes somam 83% contra 140% da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e 550 da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
No Acre existem aproximadamente 200 agentes federais, com salários estimados em R$ 7,5 mil. Os delegados têm remuneração inicial de R$ 12 mil. A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) ainda não definiu o percentual do reajuste que vai ser reivindicado, mas terá como base as perdas salariais acumuladas.
A paralisação de ontem forçou a reabertura das negociações. Um calendário de reuniões foi definido e quatro encontros devem acontecer nos próximos dois meses. O próximo será dia 23, quando serão discutidas as reivindicações da categoria.
Segundo Delgado, o movimento está disposto a investir no diálogo, mas caso as negociações não avancem existe a possibilidade de uma greve geral por tempo indeterminado.