A perita que chefiou os trabalhos técnicos do caso Isa-bella Nardoni, Rosângela Monteiro, pode vir ao Acre ministrar palestra sobre o uso do Luminol na cena de um crime. Com mais de 20 anos de experiência no Instituto de Criminalística de São Paulo (SP), a participação dela foi fundamental para a condenação do casal Alexandre Nardoni e Anna Jatobá.
O diretor-geral da Polícia Técnica da Secretaria de Segurança Pública, Jésselio Advincola Medeiros, acredita que a experiência dela pode servir de incentivo para os profissionais do Acre, onde a perícia começa a entrar numa nova fase, diante as mudanças que estão sendo implementadas pelo governo.
Rosângela foi arrolada como testemunha tanto pela defesa quanto pela acusação. Ela disse que a menina foi ferida antes de entrar no apartamento do casal Nardoni e que já entrou sangrando. A perita afirmou ainda que o sangue encontrado no apartamento era da menina morta.
Também foi a partir do trabalho realizado por ela que o Ministério Público conseguiu sustentar a tese de que foi Nardoni quem atirou a filha pela janela. Isso só foi possível graças às marcas da rede de proteção encontradas na camiseta dele.
“Já falei com ela e ela virá com certeza, tudo vai depender da disponibilidade da agenda dela que acabou ficando mais cheia depois do julgamento”, observa Advincola. Segundo ele, a vinda de Rosângela está inserida no projeto de reestruturação do Departamento de Perícia Técnico Científica do Estado.
A proposta de Jésselio é trazer Rosângela para fazer uma exposição sobre o uso do Luminol – produto químico especial capaz de fazer aparecer os traços sanguíneos invisíveis ao olho humano. É considerado um grande aliado dos investigadores para revelar as cenas ocultas de um crime. No Acre, ele já está sendo utilizado, mas por enquanto de forma moderada.