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Terceira ponte põe em risco abastecimento da Capital

A localização da terceira ponte sobre o Rio Acre compromete a segurança no abastecimento de água na Capital. A via está a pouco mais de 100 metros da ETA 2 (Estação de Tratamento de Água) no bairro Sobral. Em caso de acidente envolvendo um caminhão tanque transportando óleo die-sel, por exemplo, todo o combustível seria despejado na única fonte de captação de água de Rio Branco.  

O líquido contaminado seria sugado pelas bombas da estação comprometendo o abastecimento na cidade. Como mostrou ontem A GAZETA, o atual estado do Rio Acre é outro fator de preocupação para o Saerb (Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco). O problema da área onde a ponte foi construída foi apontado pelo professor Irving Foster Brow, que hoje participará do seminário sobre segurança no sistema de abastecimento.

De acordo com especialistas, o ideal é que as pontes sejam construídas longe das estações de tratamento. “Nós não sabemos o que transita de produtos químicos pela ponte”, diz Semy Ferraz, presidente do Saerb. O Estado, completa, ainda não mantém uma agricultura forte que exija o uso de agrotóxicos na produção. O que diminui o risco deste tipo de veneno transitar pelas rodovias acreanas, reduzindo as possibilidades de acidente e contaminação dos mananciais. 

Mas Ferraz afirma que é preciso que a prefeitura mantenha um plano de contingência para evitar possíveis desastres na captação. “Elaborar uma hierarquia para definir quem deve agir numa sequência lógica em caso de acidente”, explica ele.

 

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