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Trabalhadores da Educação promovem ato público no Centro

O governo não apresentou nova proposta para a educação e a greve continua. A decisão foi tomada após o fracasso de mais uma negociação entre grevistas e integrantes do governo, na Secretaria de Estado de Articulação Institucional (SAI), às 14 horas de ontem.
Os professores estão parados há duas semanas e um dia. Eles reivindicam reposição salarial de 10,96%, correspondente às perdas causadas pela inflação ao longo de 2008 e 2010. Para chamar os servidores às ruas, o Sindicato dos Professores Licenciados do Acre (Sinplac) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) realizaram um comício em frente à Prefeitura de Rio Branco.

O ato transformou-se em passeata que percorreu as ruas Barbosa Lima, Marechal Deodoro e Avenida Brasil, onde os servidores fizeram se concentraram brevemente em frente à Casa Oficial do governador. “Vamos exigir os nossos direitos para esse governador, que é professor e já foi secretário de Educação, mas mesmo assim não respeita os professores ao não conceder o que é nosso por direito”, bradava a presidente do Sinplac, Alcilene Gurgel.

Em seguida os manifestantes desceram pela Avenida Getúlio Vargas até a frente da Assembléia Legislativa, onde ficaram até por volta do meio-dia.

Prevista para acontecer às 11 horas, a reunião de ontem foi inexplicavelmente adiada para às 14 horas. Hoje os sindicatos devem concentrar novamente os professores para explicar o andamento da última negociação e a proposta do governo, que se mantém a mesma desde o início da paralisação: alterar os percentuais de prêmio por produtividade, sem mexer no total dispendido. A forma de conceder o prêmio é o que mudaria. 

UBES vai ajudar vestibulandos
A manifestação de ontem ganhou um reforço de peso: a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), cujos representantes prometeram ajudar os egressos do Ensino Médio no vestibular 2010.

“Tivemos uma reunião da Executiva e entendemos que isso afeta os estudantes de maneira total. A greve atinge o calendário escolar. Mas acima de tudo entendemos que luta por melhoria salarial é luta pela melhoria do sistema educacional, pela qualidade na educação pública. Por isso, a nossa instituição, como instituição representativa dos estudantes, sentou com a CUT e os sindicatos para definir a realização de um intensivão para o vestibular. Assim vamos ajudar, além de apoiar esse movimento dos professores”, disse Caio Pinheiro, diretor de Políticas Educacionais e secretário-geral da UBES.

Pinheiro discursou no ato dos professores, pouco antes da passeata, e foi aplaudido pelos grevistas. É que com o apoio da instituição representativa dos alunos, o principal argumento do governo e seus assessores diretos e indiretos (o de que a greve prejudicará a carreira estudantil) fica prejudicado. E a greve ganha mais força, por tempo determinado ou indeterminado. Tanto faz. (Assessoria Sinplac)

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