Família de detento acusa lentidão dos órgãos públicos na remoção de paciente para a Fundação Hospitalar
O presidiário Evanilson de Abreu, 31, agoniza num leito da Fundação Hospitalar do Estado do Acre, segundo a família, depois de contrair tuberculose dentro do presídio Francisco de Oliveira Conde.
Condenado a oito anos por ter cometido um homicídio no bairro Jorge Lavocat, Abreu já cumpriu 4/8 de sua pena, mas teria passado dez dias sem ser medicado no Pavilhão “K”, de acordo com parentes.
“Ele contraiu tuberculose dentro do presídio e o estado de saúde se agravou porque recorremos a vários órgãos e todos demoraram a se sensibilizarem”, afirma a irmã do preso, Edilene da Conceição Pereira, 27 anos.
Ela se refere a direção do presídio, ao Ministério Público do Estado do Acre, à Secretaria Estadual de Direitos Humanos e a Vara de Execuções Penais, do Fórum Barão do Rio Branco.
“Queríamos que a pena fosse revertida em prisão domiciliar para cuidarmos melhor dele”, diz a mãe, Lindaura Francisca da Conceição, 56 anos.
A Justiça exigiu um laudo médico, que não teria sido expedido, para que fosse possibilitada a prisão domiciliar.
Com isso, a doença se agravou e na última segunda-feira, 26, o detento teve que ser internado às pressas no setor de pacientes com doenças infectocontagiosas.
“Temos receio de que quando ele receber alta e que volte para a penal o quadro volte a piorar. Ele foi infectado na penitenciária e é provável que existam muitos outros contaminados dentro do pavilhão”, alerta Edilene Pereira.
O paciente está sendo examinado por infectologistas da Fundação Hospitalar.
A irmã, Edilene, e a mãe, Lindaura reclamam da demora da remoção de Evanilson