Passado o momento de disputas internas pela segunda vaga dentro da Frente Popular para disputar o Senado Federal, agora é a hora de decidir as suplências. Como recompensa da “fidelidade”, o Partido Verde será agraciado com a primeira suplência na candidatura do PCdoB. Mas divergência ideológica emperra a união. Os verdes são contrários a qualquer tipo de reforma no Código Florestal, em debate no Congresso Nacional.
Do outro lado, o PCdoB, por meio do deputado federal Aldo Rebelo (SP), atua como lobista da bancada ruralista dentro da comissão que analisa as propostas de alterações. Rebelo é o relator do texto de mudança, que tem como maior interessado o agronegócio brasileiro. O PV só aceitará a primeira suplência se o PCdoB local se posicionar contrário às reformas no Código Florestal.
O governador Binho Marques deixou para o presidente do PCdoB no Acre, deputado Edvaldo Magalhães, e pré-candidato ao Senado, a tarefa de negociar com os verdes a primeira suplência. “Isso [a defesa de reforma no código] não é uma posição de todo o PCdoB, mas individual”, analisa Binho.
No Acre, os comunistas são favoráveis a alterações no Código Florestal. A deputada federal Perpétua Almeida afirma que, o código como está, penaliza os pequenos produtores com aplicação de multas pesadas. (F.P.)