X

Idalina diz que PPS manterá apoio ao PSDB em 2010

A presidente do Diretório Regional do PPS (Partido Popular Socialista), deputada Idalina Onofre, afirma que a legenda seguirá no Acre a mesma coligação feita a nível na-cional, quando PPS, PSDB e DEM formaram a aliança em torno da candidatura do ex-governador de São Paulo, José Serra, ao Palácio do Planalto. Na semana passada, ficou exposto um certo desentendimento dentro do PPS quanto à sua coligação, se com os tucanos ou o PMDB.
Durante o lançamento da candidatura ao Senado do deputado federal Sérgio Petecão (PMN), pela coligação que tem Tião Bocalom (PSDB) como candidato ao Palácio Rio Branco, na última segunda-feira (29), alguns membros do PPS não confirmaram o apoio da sigla ao bloco. Exaltados, queriam tirar a bandeira do partido que ornamentava o evento. Os socialistas estão sendo “paquerados” pelos peemedebistas, que terá candidato próprio ao governo.

Segundo Idalina Onofre, houve uma conversa entre ela e o presidente do Diretório Regional do PMDB, deputado federal Flaviano Melo, na qual ocorreu o convite para uma junção entre ambas as siglas em 2010. Mas já aí a deputada deixou clara a posição do PPS. “Nós temos um acordo nacional, onde foi firmado que nós, PSDB e DEM marcharíamos juntos. Até agora a Direção Nacional não me deu nenhuma orientação contrária. Já recebi, inclusive, o convite para participar do lançamento da candidatura de José Serra”, ressalta.   

Como a grande maioria dos partidos oposicionistas está no ninho tucano, o PMDB ficaria quase que sem legendas para compor chapa. Por outro lado, a tentativa dentro do PSDB é para que o PMDB desista da candidatura do vereador Rodrigo Pinto e fortaleça a oposição, que desde as eleições de 1998 não elege nomes para cargos majoritários, exceto pequenas prefeituras no interior.

Segundo a deputada Idalina Onofre, o PPS não sairá da coligação com democratas e tucanos. Atualmente, a legenda enfrenta um processo de recria-ção, já que a saída do principal cabo eleitoral, o ex-deputado federal Márcio Bittar, provocou uma debandada para o PSDB, o novo partido dele. Hoje a força do PPS está concentrada no Vale do Juruá, pois é lá o domicílio eleitoral de Idalina e do deputado federal Ilderlei Cordeiro.

Mesmo fora do PPS, Márcio Bittar exerceria uma certa influência dentro do partido. “A mim, ele [Márcio Bittar] não influencia. Eu acredito que o PPS deve ter uma identidade própria, mas se algumas pessoas dentro da legenda ainda mantém fidelidade ao Márcio isso não é características de todos”, esclarece Idalina. A presidente do PPS descarta qualquer possibilidade de ela sofrer pressão de membros ligados ao ex-cacique, reiterando que o partido manterá o apoio ao tucano Tião Bocalom.  

Categories: POLÍTICA
A Gazeta do Acre: