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Rodrigo Pinto ouve ribeirinhos de Marechal Thaumaturgo

Durante cinco dias, enfrentando sol, muita chuva e picadas de insetos, subindo e descendo barrancos de rios enlameados e viajando até mais de 10 horas seguidas em pequenos botes, o pré-candidato a governador pelo PMDB, vereador de Rio Branco Rodrigo Pinto, visitou dezenas de comunidades ribeirinhas de Marechal Thaumaturgo.

Para conhecer a verdadeira realidade desta parte dos povos tradicionais do Acre e montar sua proposta de plano de governo para ser discutida com a sociedade, Rodrigo Pinto chegou aos locais mais remotos e isolados do Estado, como a comunidade Seringueirinha, no Rio Bagé.

Acompanhando a deputada estadual Antonia Sales, que faz as visitas regularmente aos moradores do Vale do Juruá, o pré-candidato do PMDB conheceu dezenas de comunidades ribeirinhas dos rios Juruá, Tejo e Bagé. Quase todas as comunidades visitadas fazem parte da Reserva Extrativista do Alto Juruá, o que impõe muitas limitações à sobrevivência de seus moradores já prejudicados pelo grande isolamento. O vice-prefeito de Marechal Thaumaturgo, Maurício Praxedes (PMDB), sua mulher Maria de Jesus, e o vereador Zeca do Assis (PMDB) integraram a equipe da viagem.

Para chegar a algumas das comunidades, mesmo em tempo de cheia dos rios, são mais de 10 horas de viagem em pequenos botes. Na época da estiagem, quando os rios secam, principalmente nos locais mais próximos às suas nascentes, pode-se levar até dois dias, muitas vezes arrastando os barcos para ultrapassar troncos, pedras e bancos de areia.

É enfrentando estas longínquas viagens que os ribeirinhos do Vale do Juruá saem em busca de assistência em saúde ou para vender seus produtos na sede de Marechal Thaumaturgo. Muitas vezes, quando precisam chegar a Porto Walter ou Cruzeiro do Sul, a viagem e o sofrimento se tornam mais longos ainda.

Ausência do poder público Falta de assistência em saúde, má qualidade da educação, não existência de incentivo à produção (ao contrário, aumento das dificuldades) e falta energia elétrica e de comunicação são as principais reclamações dos ribeirinhos de Marechal Thaumaturgo. Mesmo na Vila Foz do Breu, que dispõe de um pouco mais de estrutura, a energia elétrica por gerador, que era fornecida das 18h às 21h, há três meses não funciona.

A primeira reivindicação, em muitas comunidades ribeirinhas, é uma simples máquina de beneficiar arroz (chamada de despeladeira). Os produtores levam o produto com casca para Marechal Thaumaturgo e perdem até 40% do total (20% de casca e 20% como pagamento para beneficiar). “Uma despeladeira aqui já seria de grande ajuda pra gente, pois atenderia todo o Rio Bagé, já que aqui é a metade da viagem, mas a gente não tem nem promessa”, disse o agricultor Jonas Gomes de Oliveira, 54, que tem 14 filhos. (Assessoria)
 

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