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Bom senso

No clima de confronto e até agressões que se formou nos últimos dias, é preciso jogar um pouco de luz e bom senso sobre a questão dos médicos formados no exterior que estão atuando no interior do Estado sem diploma, mas respaldados por um aval firmado entre o Ministério Público Estadual, prefeituras e Governo do Estado.

Estão corretos os dirigentes dos Conselhos Federal e Regional de Medicina em exigir o cumprimento da lei, que obriga a apresentação e revalidação dos diplomas desses profissionais nos respectivos órgãos.

Sobre esse aspecto, não há o que discutir. Além da exigência legal, trata-se de uma medida necessária para proteger a população contra a ação de falsos profissionais ou charlatães.

Contudo, erram os dirigentes desses Conselhos ao atacar médicos formados no exterior, ainda em vias de regularização, dirigindo-lhes ofensas e ameaçando-os até de prisão. Deveriam, primeiro, informar-se sobre a realidade local, examinar caso por caso – por exemplo, os médicos formados em Cuba – e os próprios Conselhos facilitar e não criar empecilhos para a revalidação dos diplomas. O fato é que o Acre precisa de médicos e tanto os Conselhos de Medicina quanto o governo e prefeitura precisam resolver o problema. 

Categories: EDITORIAL
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