A greve iniciada, ontem, pelos policiais civis do Acre poderá trazer dúvidas à população acreana. A primeira questão é em relação ao momento que a sociedade atravessa onde a questão da Segurança está na ordem do dia. A paralisação deixará apenas 30% do efetivo nas delegacias.
Com isso a maioria das investigações criminais em cursos serão adiadas à espera de uma solução para os impasses reivin-dicatórios da categoria.
Outra questão é que o movimento dos policiais civis tem dois objetivos distintos. Um relacionado ao Governo do Estado e o outro com o Governo Federal. É uma loucura, porque são dois pontos de negociação completamente diferentes. No caso de uma das reivindicações ser atendida como fica a outra? Assim a greve poderá se arrastar por tempo indeterminado.
Para uma greve ser vitoriosa é preciso contar com a adesão da sociedade que reconheça a justiça nas reivindicações do movimento. Com dois focos distintos fica difícil entender as causas de uma greve, conseqüentemente, a adesão social fica comprometida. Portanto, a greve é um instrumento justo e democrático.
Os profissionais têm todo o direito de desejarem melhorias salariais e de condições de trabalho. Mas as categorias devem ser claras nos seus propósitos para não confundirem a população.