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Gol de Fernandão e defesa de Ceni garantem vitória do São Paulo no clássico

Em uma partida na qual faltou bom futebol, o São Paulo, que teve mais iniciativa que o Palmeiras, venceu por 1 a 0 e conquistou sua primeira vitória em clássicos estaduais na temporada 2010. Mais uma vez, Fernandão foi o destaque ao marcar o único gol da partida realizada na noite desta quarta-feira, no estádio do Morumbi. (Veja ao lado o gol marcado pelo atacante são-paulino).

Com o resultado, o Tricolor foi aos sete pontos na tabela de classificação e alcançou o rival. O Verdão, no entanto, está em sexto colocado por ter melhor saldo de gols do que o rival do Morumbi, o sétimo colocado.

São Paulo melhor no primeiro tempo

Estádio vazio, frio, chuva fina. O clima influenciou no futebol de São Paulo e Palmeiras, que proporcionaram poucos lances de emoção no primeiro tempo. O Tricolor entrou em campo com a escalação que era esperada, ao contrário do Palmeiras que, ao invés do 3-5-2, entrou em campo com no 4-4-2, com Ewerthon e Vinícius formando a dupla de ataque. No entanto, quando a bola rolou, ficaram claras as posturas das duas equipes.

O São Paulo tomou a iniciativa da partida e forçou muito o jogo pelo lado direito. Cicinho, ao contrário dos últimos jogos, se apresentou mais para o apoio. Marlos, pela direita, e Dagoberto, pela esquerda, se movimentavam muito para confundir a marcação palmeirense, enquanto que Fernandão, centralizado, segurava a bola para permitir a aproximação do meio-campo.

Aos oito minutos, o São Paulo chegou pela primeira vez. Após rápido contra-ataque, Cicinho tocou para Dagoberto, que se livrou de Márcio Araújo e bateu rasteiro, no canto direito de Marcos, que fez firme defesa. Dez minutos depois, o goleiro palmeirense voltou a trabalhar, desta vez em cabeçada de Fernandão, após cruzamento de Junior Cesar.

O Palmeiras tinha muitas dificuldades para passar do meio-campo. Apesar de possuir dois meias de ligação (Cleiton Xavier e Lincoln), o time era muito lento na saída de sua defesa e errava muitos passes, o que facilitava as coisas para a marcação tricolor. Vinícius estava mais preocupado em conter os avanços de Cicinho. O Palmeiras só conseguiu dar o seu primeiro chute a gol aos 27min, quando Gabriel Silva exigiu boa defesa de Rogério Ceni.

Para complicar ainda mais para o Palmeiras, aos 33min o time perdeu Cleiton Xavier, com uma lesão no joelho direito. Jorge Parraga colocou o volante Souza em campo e liberou Vinícius de sua tarefa na marcação. Lincoln também subiu o seu posicionamento e, mesmo sem levar grande perigo ao gol adversário, o Verdão conseguiu ter o controle da bola nos pés. O São Paulo também pedeu um jogador por contusão: Marlos, com lesão na coxa, deu lugar a Fernandinho.

Aos 42, no último lance de emoção do fraco primeiro tempo, Vinícius, após cobrança de escanteio pela direita e desvio de Maurício Ramos na primeira trave, obrigou Ceni a fazer boa defesa.

Gol de Fernandão muda o jogo

O começo da etapa complementar lembrou o começo da partida, com o São Paulo tomando a iniciativa e o Palmeiras apenas se defendendo. Com a contusão de Marlos, o time passou a jogar no 3-4-3 e abriu ainda mais seu jogo. Dagoberto abriu pela direita, Fernandinho caiu pela esquerda e Hernanes, que esteve apagado no primeiro tempo, teve mais liberdade por causa da saída de Cleiton Xavier, o que liberou da obrigação de apenas marcar.

No seu primeiro ataque, a equipe da casa abriu o marcador. Fernandinho recebeu pela esquerda, se livrou de Maurício Ramos, foi ao fundo, invadiu a área e cruzou rasteiro para Fernandão que, de carrinho, mandou para as redes. Foi o segundo gol do camisa 15, o mais novo ídolo da torcida tricolor.

Com a vantagem no marcador, a partida mudou de figura. O São Paulo se retraiu e passou a tentar encaixar um contra-ataque para definir a partida, enquanto que o Palmeiras, que partiu em busca da recuperação, sofria com a falta de inspiração de sua equipe. Aos 17, o Tricolor só não ampliou sua vantagem porque Marcos fez grande defesa em chute de Fernandinho.

 Aos 22, o técnico Jorge Parraga fez sua segunda alteração e errou feio, sacando o atacante Vinícius, o único que mostrava vontade, para colocar o meia Ivo. Mais na base da vontade do que da organização, o Palmeiras conseguiu encurralar o São Paulo em seu campo. Apesar de ter dois atacantes velocistas, o Tricolor não conseguia mais passar do meio, o que irritava o técnico Ricardo Gomes no banco de reservas. Percebendo o crescimento do adversário, o técnico são-paulino mexeu, colocou Jorge Wagner na vaga do apagado Dagoberto e voltou ao 3-5-2 do começo da partida.

A partir dos 30min, o jogo virou um show de horrores. Ninguém acertou mais nada. Do lado são-paulino, satisfeitíssimo com o empate, o time limitava-se a despachar a bola para o ataque. E o Palmeiras, que passou a ter o atacante Paulo Henrique na vaga de Souza, não conseguia criar uma única jogada de perigo. Na chance que teve, Lincoln perdeu um gol inacreditável. Ewerthon desceu pela esquerda e cruzou rasteiro para a área e Ivo, com o gol aberto, conseguiu chutar em cima de Rogério Ceni, que estava fora do lance.

Quando o jogo parecia definido, a arbtiragem resolveu aparecer. Marcelo Aparecido de Souza marcou pênalti inexistente de Cicinho em Ivo. Na cobrança, Ewerthon bateu e Rogério Ceni espalmou para escanteio. Depois, aos trancos e barrancos, o Tricolor conseguiu segurar sua vantagem. (Globo Esporte)

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