Morreu na madrugada desta terça-feira, o aposentado Arnóbio Marques de Almeida, pai do governador do Estado do Acre, Arnóbio (Binho) Marques. O falecimento ocorreu por volta da uma hora da manhã por causa de provável parada cardíaca. Havia tempos que Marques (o pai) lutava contra o Mal de Alzhaimer. Ele deixa considerável legado de dedicação ao trabalho, pioneirismo e empreendedorismo.
Quem foi
Arnóbio Marques de Almeida contribuiu para o desenvolvimento do Estado. Formado pela Escola Agrotécnica de Areias, na Paraíba, onde nasceu, veio para o Acre no início da década de 40, quando tinha 20 anos, para trabalhar como técnico agrícola.
Junto com a equipe do Departamento de Produção do governo de Guiomard Santos, fundou a Estação Experimental – centro de pesquisa agroflorestal que desenvolvia mudas de variadas plantas e fomentava a produção rural. O prédio que abrigou a unidade ficou conhecido como Castelinho, atraiu moradores ao seu entorno e deu origem ao bairro da Estação Experimental, um dos mais populosos de Rio Branco.
Mais tarde, Marques implantou semelhante unidade na cidade de Brasiléia – a Inspetoria Agrícola – e atuou como fiscal do Banco da Borracha, que deu origem ao Banco da Amazônia S/A.
O jovem Arnóbio Marques de Almeida chegou ao Acre em 1942 junto com um grupo de formandos da Escola Agrotécnica de Areias, entre eles o paisagista Manoel Alves Cavalcante, que morreu em novembro de 2009, aos 95 anos. Cavalcante foi o responsável pelos projetos paisagísticos e de arborização das principais praças de Rio Branco.
Arnóbio Marques retornou para o nordeste, indo viver em Pernambuco e na Paraíba. Depois, seguiu para São Paulo, onde nasceu o atual governador Binho Marques. Passou vinte anos fora do Acre e retornou. Casado com a professora Clélia Fecury, teve cinco filhos: Binho, Tony, Márcia, Marta e Mirtes.
O velório acontece na sede da Sociedade Beneficente dos Operários de Rio Branco (SBORBA) e o sepultamento será no final do dia no Cemitério São João Batista. (Agência Acre)