A campanha de vacinação contra a Gripe Suína, gripe A H1N1, foi prorrogada até o dia 2 de junho informou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Além do público-alvo já divulgado, o ministério também ampliou a vacinação para crianças menores de 5 anos a partir de segunda-feira (24).
Cerca de 61 milhões de pessoas já foram imunizadas, ou 70% do público-alvo da campanha. Segundo o ministério, a vacinação praticamente atinge a maior campanha até então no país, a contra a rubéola (2008), que teve duração de seis meses.
O ministério recomenda ainda que os municípios reforcem a campanha de vacinação – inclusive com busca ativa – de doentes crônicos, crianças de seis meses e menores de dois anos, adultos de 20 a 39 anos e gestantes. Os idosos que ainda não se vacinaram contra a gripe comum também poderão ser imunizados até o dia 2.
As crianças de 2 anos até 4 anos e 11 meses estão na faixa etária que apresenta maior vulnerabilidade a desenvolver complicações pela gripe H1N1, depois dos grupos prioritários já incluídos anteriormente na campanha de vacinação.
Para o novo grupo, serão utilizadas 10,8 milhões de doses da vacina pertencentes ao estoque estratégico do Ministério da Saúde, reservadas para eventualidades durante a campanha. Ao todo, há 9,6 milhões de crianças brasileiras na faixa de 2 anos a menores de 5 anos. É importante ressaltar que este grupo é imunizado com duas meias doses da vacina. Por isso, 21 dias depois da primeira aplicação, as crianças precisam ser levadas de novo aos postos para tomar a segunda meia dose.
Grupos prioritários – Todos os profissionais de saúde que atuam diretamente no enfrentamento da gripe H1N1 e crianças de 6 meses a menores de 2 anos foram vacinados. A meta nacional de 80% já foi para doentes crônicos e indígenas, embora alguns estados ainda estejam abaixo do índice.
Entre os adultos de 30 a 39 anos, o percentual geral de vacinados é de 37% e nenhum Estado ainda atingiu a meta neste grupo específico.
O percentual de grávidas vacinadas no país está em 68%. A meta já foi atingida neste grupo nos estados de Goiás, Maranhão, Pará, Santa Catarina, Distrito Federal e Pernambuco.
Já 77% dos adultos de 20 a 29 anos estão imunizados, e onze Estados já atingiram a meta no grupo: Amapá, Piauí, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Distrito Federal, Pernambuco, Goiás, Minas Gerais e Sergipe. (UOL)
Resultado positivo de Aids em quem tomou vacina contra gripe pode ser falso, diz Temporão
Rio de Janeiro e Brasília – O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, tranquilizou as pes-soas que se vacinaram contra a Influenza A (H1N1) – Gripe Suína e tiveram, num período de 30 dias depois, diagnóstico positivo no teste de HIV. Segundo ele, embora raros, há casos de falsos positivos em diagnósticos de Aids depois que o paciente tomou a vacina contra a nova gripe.
“Toda a rede que faz o diagnóstico de Aids está alerta de que, em casos raros, pode haver casos falsos positivos se o exame for feito dentro do período de 30 dias a partir do momento que a pessoa tomou a vacina contra a Gripe H1N1”, afirmou dia (21), no Rio de Janeiro.
Ele explicou que o falso resultado acontece porque a vacina contra a Influenza A (H1N1) – Gripe Suína faz com que o organismo produza anticorpos que podem confundir o teste de diagnóstico do vírus da Aids.
A recomendação do Ministério da Saúde, principalmente para as gestantes que não podem aguardar um longo período para realizar o exame de HIV, é que elas informem os centros de testagem, caso tenham tomado, nos últimos 30 dias, a vacina contra a gripe.
Em nota aos profissionais da saúde, o Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde já havia alertado que anticorpos gerados pela vacina contra a Gripe Suína podem ser confundidos com o vírus HIV. Com isso, os resultados dos testes de HIV em pessoas que tomaram a vacina contra a Influenza A (H1N1) – Gripe Suína poderiam ter resultados falsos positivos.
O ministério orientou os profissionais de Saúde a avisarem os pacientes sobre a possibilidade do resultado falso positivo. De acordo com a assessora da Unidade de Laboratório do ministério, Lilian Inocêncio, os pacientes que obtiveram resultado positivo no exame de HIV devem refazer o teste após 30 dias para um diagnóstico definitivo. “A gente soltou a nota técnica como uma cautela aos profissionais de saúde. A vacina é nova e as reações que ela pode causar ainda são desconhecidas”.
Segundo Lilian Inocêncio, todos os exames de HIV passam por um teste comprobatório no qual é usado um método de análise diferente do primeiro. “Existe uma normativa que determina que todos os laboratórios de saúde pública e privada façam um novo teste em casos de resultado positivo. A pessoa que fizer o teste não vai ser informada, o próprio laboratório deve realizar o teste confirmatório”.
De acordo com a assessora, as pessoas não devem deixar de tomar a vacina contra a Influenza A (H1N1) – Gripe Suína. (Agência Brasil)