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Empresas entram com ação contra a greve dos motoristas

O segundo dia de greve dos motoristas e cobradores de ônibus foi agitado ontem. Além das usuais lotações e revoltas populares no Terminal Urbano, os trabalhadores (Sinttpac) e as empresas (Sindcol) já começam a trocar as primeiras acusações judiciais sobre o movimento e suas reivindicações (o fim da intra-jornada de trabalho e o reajuste salarial de 12%). Sem acertos, os usuários são os que mais seguem prejudicados.  

Após inspeção da Rbtrans logo no início da manhã, das 5h às 6h, ficou constatado pela autarquia municipal que os trabalhadores não estavam cumprindo o percentual mínimo de carros operantes (40%). Com a investigação, as empresas do Transporte Coletivo impetraram o pedido de ilegalidade para a grevel, junto à 14ª Regional do Trabalho/RO.
O Sindcol ainda cobrou dos servidores um acordo de bom senso feito anteriormente com o seu sindicato para que 100% atuassem nos horários de pico (das 6h às 8h; de 12h às 14h; e das 18h às 20h) e 50% nos normais. 

Na defesa dos trabalhadores, a presidente do Sinttpac, Celina Ferreira da Costa, garantiu que as acusações do Sindcol são equivocadas, pois os motoristas e cobradores estão seguindo o percentual mínimo arregimentado pelo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). “Inclusive, estamos operando até com 60% nas horas de pico por entender que se trata de um serviço essencial, mas o obrigatório é só de 40%”, completou ela.

Sendo assim, ela garantiu que caso o TRT obrigue os trabalhadores a voltar ao serviço, o Sinttpac irá recorrer da decisão. Sobre o acordo passado (100% operante em horas de pico e 50% em interpico), Celina afirmou que este foi firmado na presidência anterior do sindicato e, portanto, não é um contrato válido para a nova direção.  

Reunião com a Rbtrans – No final da manhã de ontem, a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito se reuniu com os trabalhadores do Sinttpac. De acordo com o superintendente Ricardo Torres, o encontro serviu para cobrar a operação mínima da frota de carros operantes durante a greve (40%) e avaliar em que ponto estavam as negociações entre a categoria e as empresas, a fim de restabelecer o diálogo.

“Foi um encontro importante porque o sindicato reafirmou o compromisso de manter a frota mínima em operação de agora (25) até o fim da greve, garantindo que a população sofra menos prejuízos. Também pudemos constatar que é possível, sim, trazer as duas partes para as mesas de negociações e tentar resolver o impasse de uma forma mais pacífica, sem a necessidade de estender esta greve por muito tempo”, destacou.

Hoje pela manhã, o Rbtrans se reúne com o Sindcol para ouvir a versão deles sobre a parada nas nego-ciações e tentar buscar um consenso entre servidores e empresários.   

 

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