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Filas e transtornos durante a Operação Padrão da PF nos aeroportos do Acre

Quem embarcou ou desembarcou nos aeroportos de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, ontem, entre 11h30 e 14h, teve que enfrentar longas filas por conta da Operação Padrão, desencadeada pela Polícia Federal em todo país. A fiscalização também foi intensificada no ponto de migração terrestre de Epitaciolândia.

Procedimentos que em dia normais duram questões de segundo, levaram horas para serem concluídos. Na sala de embarque do Aeroporto Plácido de Castro, em Rio Branco, apenas um agente federal realizou a revista da bagagem de mão de todos os passageiros.

Um verdadeiro transtorno para quem estava na fila. “A população tem que parar de ser penalizada por conta desses movimentos grevistas. Se esse é o trabalho deles porque não agem dessa forma todos os dias”, questionou a funcionária pública Maria das Dores, que estava com destino ao município de Cruzeiro do Sul.

Já a professora Alcileides Moura é favorável ao movimento dos policiais federais. “Se eles estão fazendo isso para defender um interesse deles, é justo. Acabei de sair de uma greve, cada um usa as ferramentas que tem”, disse.

A paralisação  atende  a orientação da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e visa forçar o Governo Federal a negociar com a categoria, que reclama perdas salariais de 70%.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Estado do Acre (Sinpofac), Guilherme Delgado, os salários dos agentes federais são os mais defasados da União. Nos últimos oito anos, os reajustes somam 83% contra 140% da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e 552% da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

No Acre existem aproximadamente 300 agentes federais, com salários estimados em R$ 7,5 mil. Os delegados têm remuneração inicial de R$ 12 mil. A Fenapef ainda não definiu o percentual do reajuste que vai ser reivindicado, mas terá como base as perdas salariais acumuladas.

Panfletagem
Na tentativa de buscar o apoio da população para o movimento, os policiais federais distribuíram panfletos explicativos, falando sobre a relevância do trabalho desenvolvido pela categoria e do motivo das paralisações que estão sendo realizadas em todo país.

A distribuição dos panfletos começou na frente da sede da Polícia Federal, minutos antes do início da realização da assembléia geral da categoria. Em seguida, eles se deslocaram até o aeroporto Plácido de Castro, onde deram seqüência ao trabalho de conscientização.

 

 

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