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Greve dos professores começa a enfraquecer

Na véspera de completar trinta dias, a greve da Educação começa a dar sinais de enfraquecimento. Poucos professores compareceram à assembléia geral realizada ontem, no auditório do Colégio Estadual Rio Branco (Cerb), para discutir uma nova metodologia de negociação com o governo.
Aliado a isso, várias escolas voltaram a funcionar depois que o governo “bateu o pé” e suspendeu as negociações com os grevistas. Na Estação Experimental, por exemplo, as duas escolas da rede pública de Ensino voltaram a funcionar normalmente.

Na assembléia geral, o desgaste do movimento se refletiu no discurso dos oradores. Na tentativa de achar um culpado para o fracasso das negociações sobrou até para a imprensa, que no entender do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Manoel Lima, tem mais atrapalhado do que ajudado.

Muita roupa suja foi lavada antes das sugestões de propostas começarem a ser apresentadas. Sinplac e Sinteac falam línguas distintas. A falta de entendimento resultou na perda do controle do movimento, que parece fora de controle.

Durante a assembléia de ontem, cinco sugestões foram feitas de novas propostas a serem encaminhadas ao governo. Destas, duas foram votadas e aprovadas em assembléia geral. As duas propostas serão levadas pelo comando de greve ao conhecimento da comissão estadual de negociação. Caso uma delas seja aceita, o fim da greve pode ser decretado. Confira abaixo:

Proposta 1 – Consiste em três pontos:
a) Concessão de 5% de reposição salarial para todos os professores, incluindo provisórios e aposentados.
b) Correção de uma letra até outubro de 2010.
c) Reajustar para 50% a parte fixa do Prêmio Anual de Valorização Profissional (PAVDP), com a primeira parcela em Junho e a segunda em Dezembro.

Proposta 2 – Consiste em dois pontos:
a) Progressão automática de uma letra (“puladinha”) a todos os professores de nível superior que não chegaram ao fim de carreira e a todos os aposentados.
b) Aumento dos salários dos professores provisórios, dos atuais 75% para 80% do montante recebido pelos professores efetivos.

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