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MÃE ADOTIVA: Quando o útero dá lugar ao coração

Para muitas mulheres, ser mãe está associado à capacidade de gerar filhos. Outras, entretanto, não precisam ver suas barrigas crescendo para saber que o bebê está a caminho. Também não necessitam sentir as dores do parto, basta segurá-lo e dizer baixinho: “mamãe está aqui!”. É quando o útero dá lugar ao coração.
“Adotar crianças, sentindo-as e tratando-as como verdadeiros filhos, significa reconhecer que as relações entre pais e filhos não se medem somente pelos parâmetros genéticos. O amor que gera é, antes de tudo, um dom de si”, assim já dizia o Papa João Paulo II.

A acreana de Cruzeiro do Sul, Maísa Martins da Silva, passou pelas duas experiên-cias e afirma que não existe diferença entre o filho biológico e os dois adotivos.  O mais velho tem 25 anos, é casado e pai de um filho. Henrique, 12, e Gabriel, 3, vivem com Maísa e o marido Raimundo Nonato, num apartamento do Conjunto Manoel Julião.

A ternura entre mãe e filhos é visível. Henrique sempre por perto, auxiliando-a a cuidar do caçula. Este, por sua vez, apesar de tímido, é a alegria em pessoa. Assobia e canta enquanto pousa para as fotografias.

Henrique entrou na vida de Maísa aos seis meses de vida. Era neto biológico do primeiro marido – já falecido. “Cuide dele desde pequeno, mas ele veio morar comigo definitivamente aos quatro anos, quando o avô dele morreu”, revela.

Depois foi a vez de Gabriel. A mãe biológica disse que não tinha condições de criá-lo, em decorrência de ter outros três filhos, e avisou que iria dá-lo à adoção. Maísa então decidiu ajudar. Levou-a para o seu apartamento e cuidou dela durante todo o período de resguardo.

“Foram quinze dias eu cuidando dela, e ela cuidando do Gabriel. Depois disso, ela falou que era hora de ir embora e manifestou o desejo de deixá-lo comigo. Procuramos o Conselho Tutelar e demos início ao processo de adoção. Hoje, ele é meu filho legalmente”, diz orgulhosa.

Neste domingo a programação vai ser em família. A comemoração em torno do Dia das Mães deve ser num restaurante da cidade. “Costumamos sair para almoçar fora. Essa é a nossa forma de comemorar”, declarou.

Maísa deixou de lado os projetos pessoais e se dedica exclusivamente à educação dos filhos. Lava, passa, cozinha, educa, cuida, dá amor. “Não me arrependo de nada. Eles são a minha vida”, diz carregada de emoção.

Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), há mais de 27 mil pretendentes à adoação e 4,7 mil crianças e adolescentes cadastrados em todo país. No Acre, os registros revelam apenas duas crianças cadastradas e 62 pretendentes.

De acordo com o Juizado da Infância e Juventude, isso ocorre em virtude da prática da “adoção direta”, situação em que a criança é entregue à família substituta de forma direta pelos pais biológicos ou pelas instituições de abrigo, sem qualquer intervenção da Justiça na avaliação das condições destas famílias. O bom é saber que na maioria dos casos elas vão parar em lares como o de Maísa, onde o amor entre mãe e filho floresce de maneira instantânea.   
 
ORIGEM DO DIA DAS MÃES
O Dia das Mães, também designado de Dia da Mãe, teve a sua origem no princípio do século XX, quando uma jovem norte-americana, Anna Jarvis, perdeu sua mãe e entrou em completa depressão.

Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória da mãe de Annie com uma festa. Annie quis que a homenagem fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas. Em pouco tempo, a comemoração, e conseqüentemente o Dia das Mães, se alastrou por todos os Estados Unidos e, em 1914, sua data foi oficializada pelo presidente Woodrow Wilson: dia 9 de maio.

Dados Históricos: A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia Antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.

O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de “Mothering Day”, fato que deu origem ao “mothering cake”, um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.

Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada em 1872 pela escritora Júlia Ward Howe, autora de O Hino de Batalha da República.

No Brasil, em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica. Em Portugal, o Dia das Mães é celebrado no primeiro domingo de maio. Em Israel o dia da mãe deixou de ser celebrado, passando a existir o dia da família em fevereiro. (Fonte Wikipédia)

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