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Mais de 38 mil servidores e professores aderem à greve da Educação

A greve da Educação, que caminha para completar um mês, mobiliza mais de 38 mil servidores e professores em todo o Estado. São 23 mil servidores efetivos, cerca de 13 mil provisórios e 2,5 mil professores licenciados. O total de estudantes fora da sala de aula por conta da paralisação pode chegar a 250 mil. Destes, mais de 100 mil só na Capital.
O movimento iniciado pelo Sindicato dos Professores Licenciados do Acre (Sinplac) ganhou força a partir da adesão do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac). “O governo está subestimando o movimento. Não estamos aqui de brincadeira, temos um propósito e vamos lutar por ele”, declarou o presidente do Sin-teac, Manoel Lima.

Segundo ele, na rede estadual de ensino a adesão é de 88%. Ontem, trabalhadores e educadores de Cruzeiro do Sul e Sena Madureira – o segundo e o terceiro maiores municípios do Estado – aderiram o movimento. “A nossa luta só se fortalece com o passar dos dias. É necessário que o governo reveja algumas posturas e apresente uma alternativa que contemple a categoria”, alertou.

Na Capital, a adesão chega a 99%. De acordo com a presidente do Sinplac, Alcilene Gurgel, as poucas escolas que ainda estão funcionando é em virtude de os professores com contratos provisórios terem medo de seus contratos serem cancelados. “Vamos formar uma nova comissão e visitar as escolas que estão operando. É necessário à adesão total para vencermos essa luta”, declarou.

A concentração dos grevistas ontem, foi a Praça Eurico Gaspar Dutra, em frente ao Palácio Rio Branco. Uma comissão de professores e estudantes de Vila  Campinas – distrito de Plácido de Castro – se juntou aos manifestantes.

Estudantes de escolas públicas da Capital também começam a aderir o movimento. Eles prometem agir como multiplicadores e trazer outros jovens. Durante pronunciamento em praça pública, os sindicalistas voltaram a pedir aos pais que não levem seus filhos para a escola até que o governo negocie com a categoria.

Negociações frustradas
Desde o início da greve até ontem, os sindicatos que representam à educação, com o acompanhamento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), já haviam mantido seis reuniões com a equipe estadual de negociação. Apesar do dialogo, nenhum acordo foi firmado até agora.

Com as tentativas de negociações frustradas, os manifestantes endurecem o movimento e prometem permanecer em greve por tempo indeterminado. Dos 10.96% que o governo estaria permitido por lei a oferecer nesse ano de pleito eleitoral, se dispõe a oficializar apenas 2.97%.

A categoria decidiu em assembléia geral unificada a rejeitar a proposta. A equipe estadual de negociação acionou os técnicos da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) e começa a refazer os cálculos, na tentativa de convencer os professores de que não pode oferecer mais de 2.97%.

 

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