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Morre mais uma vítima de acidente com ônibus

O ônibus que caiu de uma das pontes na Estrada do Quixadá, na tarde do último sábado (8), circulava transportando passageiros há quase duas décadas. Fabricado em 1994, o veículo estava ultrapassado em oito anos o tempo de vida útil estipulado para ônibus urbanos, que é de 10 anos. Esse é um problema que a Prefeitura de Rio Branco enfrenta com as empresas do sistema de Transporte Coletivo.
A prefeitura precisou recorrer à Justiça para que o setor renovasse sua frota. Titular da linha do Quixadá, zona rural da cidade, a Floresta Real Norte é uma das que necessitam trocar boa parte de seus veículos. Recentemente, mais de 30 ônibus foram adquiridos, mas muitos ainda estão no pátio. A previsão é que eles estejam em circulação até o final da semana.

Além disso, a última análise do tacógrafo (instrumento que mede e armazena informações sobre a velocidade) revelou que o motorista ultrapassou o limite estipulado pela empresa, para a Estrada do Quixadá. “Para aquela região determinamos que [os motoristas] conduzam os veículos a 50 km/h, e foi detectado 60 km/h”, diz José Antunes, responsável pela formação dos motoristas da Real Norte.


Antunes ressalta que o motorista que conduzia o veículo na hora do acidente, Nazareno Silva de Moura, tinha sido advertido sobre o excesso.   
Em coletiva de imprensa na manhã de ontem, a empresa se pronunciou oficialmente sobre a tragédia. Segundo o assessor jurídico João Augusto Freitas, toda a assistência foi prestada às vítimas e aos seus familiares. Ele afirma que a seguradora já foi acionada e o auxílio permanecerá até quando for necessário. Sobre as condições dos veículos, Freitas afirma que a manutenção é realizada diaria-mente na frota.

Quanto à formação de seus profissionais, a Real Norte garante que todos passam por um rigoroso processo de seleção e capacitação.

Sobe para 4 o número de mortos em acidente

LENILDA CAVALCANTE

Subiu para quatro o número de vítimas fatais no acidente envolvendo o ônibus da Empresa Real Norte que fazia a linha para a Estada do Quixadá. Na tarde de sábado, 8, o veículo despencou da ponte sobre o Igarapé Pirangi, na altura do km 9.

No local do acidente morreram três passageiros que ficaram presos às ferragens do coletivo, as vítimas foram: Maycon da Silva Pinto, 13, Rogéria da Costa Martins, 19 anos e Manoel da Costa Pinto, 43 anos, pai do adolescente Maycon.

Os feridos foram encaminhados ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde segundo informações da equipe médica daquela unidade de saúde, pelo menos seis passageiros deram entrada em estado gravíssimo.

Cerca de duas horas após dar entrada no setor de emergência do Pronto-Socorro, a passageira Eliane Alves do Nascimento, 26 anos, não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu quando era submetida a uma cirurgia de emergência.

O motorista do ônibus Nazareno Silva de Moura, também teve seu quadro clínico agravado, ele teria sofrido uma hemorragia interna que foi controlada pelos médicos. Na manhã de ontem, ele recebeu alta médica.

Das dez vítimas encaminhadas ao Pronto-Socorro, seis continuam internadas. Segundo informações da assessoria da empresa proprietária do ônibus, somente uma criança que teria sofrido fratura nas pernas inspira maiores cuidados e as demais  já estão fora de risco.

O resultado da perícia no local realizada que apontará a causa do acidente deverá ficar pronta no prazo de 15 dias.

 

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