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Risco de desabamento ameaça famílias em bairro da Capital

Moradores da Rua Manoelito, bairro Vila Nova, vivem um drama coletivo: o processo de erosão que ameaça bens e pessoas. Pelo menos 30 casas estão comprometidas pelas rachaduras que começam a aparecer por todos os lados. Os estragos são visíveis. Temendo pela própria vida, algumas famílias pensam em abandonar o local.

O bairro tem como portão de entrada a Avenida Antônio da Rocha Viana, uma das vias mais bonitas da Capital. O mesmo não se pode dizer da Rua Manoelito, uma espécie de cartão postal do descaso. A pista é de barro e quando mais se avança mais visíveis ficam as rachaduras.

Em alguns trechos, o nível da rua já cedeu tanto que fica impossível o tráfego de veículos. As rachaduras estão cada vez mais largas e quando chove se transformam em verdadeiras lagoas em via pública. Ribamar Reginaldo Gomes de Souza é um dos moradores. Ele reclama da falta de ação do poder público. Quer ir embora, mas não tem para aonde ir.

“A noite é possível ouvir o barulho da terra se movimentando”, diz temeroso. A casa onde ele mora com a mulher e os dois filhos está literalmente partindo ao meio em virtude da erosão. Toda estrutura está abalada. Até mesmo as telhas da cobertura começam a sair do lugar.

Ribamar informa que a pedido dos moradores, homens da Defesa Civil Municipal estiveram no local fazendo uma vistoria, mas a visita se limitou à rua. Eles não entraram nas casas para conferir as precárias situações em que estão vivendo as famílias.

Ana Souza de Moraes também é moradora da Rua Manoelito. Ela faz questão de sair no quintal e mostrar os estragos provocados pela erosão. Segundo ela, a situação se agravou há uns quinze dias, desde então as famílias que vivem na região não tiveram mais sossego.

Ana acredita que o deslocamento da terra está relacionado ao igarapé que está localizado há uns 600 metros do bairro. Ele fica localizado na parte de trás da Rua Manoelito, por enquanto a única afetada. A Defesa Civil Municipal é a única esperança das famílias. Eles querem deixar a área de risco, mas precisam de ajuda do poder público para se instalar em outro local.

 

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