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Secretarias de Educação do interior ainda lutam por autonomia para gerir recursos

Apontado como critério de qualidade, o número no Brasil de estruturas físicas para secretarias e outros órgãos de gestão educativa por cidade deu um verdadeiro salto nos últimos três anos. Conforme relatório apresentando pelo IBGE, dos 5.565 municípios brasileiros, 2.397 (43,1%) possuíam em 2009 um gestor educativo com sede própria.

O número é quase duas vezes maior do que o registrado em 2006, quando este valor era apenas de 1.462 cidades (26,3%). Isto é, a alta foi de 64% entre 2006 para 2009.

Contudo, apesar das melhorias na parte física, ainda falta nestes 2.397 municípios um aspecto bem mais importante: a logística estrutural para gerir uma rede de Ensino.

Conforme Moacir Fecury, presidente da Undime (União dos Dirigentes Municipais de Educação), desde 2006 as 22 cidades acreanas já contam tanto com algum tipo de estrutura física, como de sistemas próprios de Ensino municipais. Isso torna o Estado um dos grandes destaques na região Norte, já que apenas 210 municípios locais (47% do total: 449) estão atualmente sob tal condição física.

Porém, nem tudo é motivo de comemoração. Tirando as ‘grandes’ cidades acreanas (Rio Branco, Cruzeiro, Feijó, Sena Maduereira, etc), muitos lugares do interior ainda lutam pela sua autonomia na gestão dos recursos regulares e próprios destinados à Educação. Outro fator negativo que tais localidades também precisam superar é a alta dependência da rede estadual de Educação para a formação profissional de professores.

“A estrutura física é um elemento que os municípios acrea-nos já conquistaram. Porém, só este avanço não é suficiente para garantir redes de Ensino independentes. Falta ainda ter aparato técnico e material necessário para assegurar o controle sob os recursos que as tesourarias municipais e o Fundeb destinam para a Educação’ conta Moacir Fecury, que também é secretário municipal da Educação de Rio Branco  
Quanto aos sistemas pró-prios de Ensino, o presidente da Undime avalia que atualmente as maiores carências do interior são a falta de formação de docentes, acessibilidade e o custeio das escolas. “Nestes pontos, ainda há certa dependência do Estado”, pondera.

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