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Seringueiros renovam contrato de venda com empresa francesa

paula por paula
12/05/2010 - 17:24
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A Folha de Defumação Líquida (FDL) produzida por seringueiros acreanos continuará a virar solas de sapatos europeus. O francês François Morillion renovou, pelo terceiro ano consecutivo, o contrato de compra e venda da borracha acreana. Até o fim de 2010, serão entregues dez toneladas de FDL para a empresa francesa de calçados Veja.

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No contrato celebrado em 2009, o seringueiro que mais produzisse FDL seria contemplado com um bônus de R$ 1 por quilo produzido. Raimundo Nonato Lopes, o “Tamba’, de apenas 23 anos, representa a nova geração de seringueiros e foi, pelo segundo ano, o campeão de produtividade no Seringal Icuriã.

Foram 519 quilos de FDL entregues no contrato. “Tamba” lembra que não queria participar do novo processo de produção de látex no início, quando os primeiros seringueiros começaram a produzir FDL em Assis Brasil. Mas se viu obrigado a tocar a produção com a morte de um dos irmãos, que havia ganhado uma Unidade de Produção do Governo do Estado.

“Hoje eu vejo o quanto esse método é melhor que o outro, por não precisar da fumaça e ser melhor de lidar. E a renda é melhor também. Sobra mais dinheiro para a gente comprar o que precisa, como roupa, sapato e remédio. A luz [programa Luz para Todos] chegou lá em casa. Já temos televisão, e agora, com o dinheiro que ganhamos com a entrega da borracha, vamos comprar uma geladeira”, disse o seringueiro.

A borracha produzida na Reserva Chico Mendes, em Assis Brasil, é vendida para a empresa francesa Veja, onde vira solas de tênis produzidos com algodão orgânico. Os seringueiros recebem um valor justo pela produção e são incentivados a produzir cada vez mais. Não há impactos ambientais. A floresta continua em pé e valorizada. Os governos estaduais e municipais incentivam a cadeia produtiva. A vida de quem mora nos seringais está melhorando.

A borracha sai da floresta beneficiada, transformada em FDL. O novo método de extração do látex foi desenvolvido pela Universidade de Brasília (UNB) pela equipe do professor Floriano Pastore, que estuda o processo há quinze anos. O projeto Tecbor foi trazido para Assis Brasil através de uma parceria da UNB com o Governo do Estado, Ufac, WWF, e Prefeitura de Assis Brasil.

A borracha é uma das cadeias produtivas prioritárias definidas pelo Governo do Estado. Com recursos do Programa de Apoio às Populações Tradicionais e Pequenos Produtores, o Pró-Florestania, 248 famílias em Assis Brasil, Feijó, Tarauacá, Sena Madureira, Marechal Thaumaturgo, Bujari e Senador Guiormard serão beneficiadas com o kit necessário para a produção da FDL. Mais de 305 das 248 unidades de produção já foram construídas e equipadas.

O que está por trás deste contrato?
Com a produção de borracha, óleos, e outros produtos de base florestal, populações que vivem na floresta passam a ter renda e condições de se manter sem a necessidade de derrubar as árvores para vender a madeira, uma opção que esgota os recursos naturais. Ou seja, com a floresta em pé e bem manejada é possível, além de preservá-la, ter uma fonte de renda inesgotável.

Em busca de novos mercados

A WWF Brasil é parceira do Projeto Tecbor desde o início. “Nós atuamos em todo o mundo, então a nossa missão é procurar mercados para a borracha, pesquisando novos produtos e aplicações em mercadorias que façam a diferença do ponto de vista ambiental e social. Só nos interessa empresas que tenham ideologia e preocupação com as questões ambientais”, explica Alberto Tavares, o Dande, do escritório regional da WWF Brasil no Acre.

O objetivo da WWF, segundo Dande, é tornar o contrato da Veja com a Amopreab uma referência para outros negócios. “Queremos dialogar com outras empresas que tenham também esta preocupação ambiental, que queriam praticar um comércio justo, numa negociação que seja interessante para a empresa e para os fornecedores, numa relação de equilíbrio. Para conservar a floresta, é preciso ter produção florestal”.
Contrato justo
No contrato anterior, a Veja pagava até R$ 7 por quilo de FDL, já com os bônus por produtividade. No contrato atual, os bônus foram incorporados ao preço pago por quilo e os bônus foram extintos. Os seringueiros se comprometeram a entregar para a empresa de calçados francesa 10 toneladas de borracha beneficiada. Com o subsídio pagos pelo Governo do Estado (R$ 0,70) e agora, com o subsídio pago pela prefeitura de Assis Brasil (R$ 0,70) os seringueiros da Resex que fornecem para a Veja vão receber R$ 8,40 por quilo de Folha de Defumação Líquida.

“No ano anterior foram contratadas cinco toneladas e os seringueiros produziram e entregaram seis mil quilos. Este ano o contrato é de dez toneladas. Isso demonstra duas coisas: a Veja aprova a qualidade da borracha produzida aqui e os seringueiros acreditam que esse é um bom caminho, pois estão vendo os frutos dessa produção”, disse o secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Nilton Cosson.

A prefeitura de Assis Brasil é a primeira no Acre e a segunda no Brasil a pagar subsídio para a borracha. “Nosso município tem boa parte do território como reserva extrativistas. Precisamos incentivar os seringueiros e achamos que essa é uma boa forma de contribuir”, disse Eliane Gadelha.

Para o presidente da Amopreab, Antônio Araújo, o Tota, o FDL é um dos melhores produtos da floresta. “Ele é mais caro que um quilo de carne de boi, e para produzir essa carne é preciso derrubar a floresta para abrir pastos. Na reserva nós podemos extrair essa borracha de forma ambientalmente correta, sem impacto ambiental, preservando a mata e oferecendo renda para o seringueiro”.

Segundo a agente de compras da Veja, Bia Saldanha, a valorização da origem da matéria-prima é um passo importante na execução de um contrato justo. “É fundamental no mercado em que a gente atua a valorização da origem da borracha, que é de primeira qualidade. O personagem principal neste cenário é o seringueiro. Os consumidores escolhem o produto porque acham bonito e porque sabem, entendem e conhecem a origem dele”.

Borracha sai beneficiada da floresta
A FDL agregou valor à borracha por não conter impurezas e sair da floresta pronta para ser processada nas indústrias. Os estudos da UnB demonstraram que a borracha resultante do uso dessa técnica é mais flexível e mais resistente que a sintética ou a obtida com a defumação tradicional.

No processo de fabricação da FDL, o látex é colhido de forma tradicional. Cada litro de leite é coagulado com dois litros de água e uma medida de ácido Pirolenhoso (APL), proveniente da queima da madeira. Na produção de carvão, o APL é encontrado fartamente e costuma ser descartado pelas indústrias na forma líquida. Esse ácido substitui o processo de defumação tradicional. O látex coagulado descansa em bandejas de plástico por 24 horas, quando atinge o ponto ideal para ser passado pela calandra, um instrumento que ajuda a deixar as folhas de látex na espessura desejada. Depois desta etapa, o passo seguinte é a secagem e a armazenagem das folhas. (Agência Acre)

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