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Tremor de magnitude 6,5 atinge o Acre

Um forte terremoto de magnitude 6,5 atingiu o Acre nesta segunda-feira (24), segundo o Centro de Pesquisas Geológicas dos EUA.

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O tremor correu às 11h18 locais (13h18 de Brasília), a uma profundidade de 580,5 km, de acordo com a agência americana.

O epicentro localizou-se próximo à fronteira com o Peru, e a 127 km a leste-sudeste da cidade de Cruzeiro do Sul.

O técnico em sismologia Jose Roberto Barbosa, Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP), explicou ao G1 que terremotos são comuns na região. “Ali acontece o encontro das placas de Nazca e da Sul-Americana. São muito comuns terremotos de magnitude elevada, mas de foco muito profundo, como o que aconteceu hoje”, afirma.

De acordo com o técnico, por causa da profundidade do epicentro do tremor, que ocorreu a mais de 580 quilômetros, dificilmente moradores de cidades próximas sentiram o abalo. “Algumas ondas até podem ter sido percebidas em Cruzeiro do Sul e Regente Feijó, mas geralmente elas chegam à superfície bem fracas. Nem sempre o terremoto é sentido, mesmo com essa magnitude”, diz.

Segundo Barbosa, se os abalos acontecessem em uma profundidade menor, certamente seriam sentidos. “Por exemplo, se esse terremoto tivesse acontecido a 200 quilômetros de profundidade, seria notado e assustaria muito as pessoas de cidades próximas.”

O professor Joaquim Ferreira, coordenador do departamento de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), também explica que o tremor foi causado pela movimentação de placas tectônicas. “A placa Nazca está se movimentando e entrando em baixo da placa da América do Sul”, disse ao G1.

O comandante do batalhão dos bombeiros de Cruzeiro do Sul, major Moisés Antônio Silva, disse ao G1 que não houve solicitação de socorro na unidade. “Nós não percebemos nada e já entrei em contato com pessoas que estavam em outros pontos da cidade. Ninguém relatou danos”, afirmou.

Segundo o Barbosa, como o tremor principal não foi sentido, as pessoas dificilmente perceberão a ocorrência de abalos secundários, que geralmente possuem magnitudes menores. (G1)

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