Um crime chocou a população de Brasiléia por volta das 11h40 de ontem, quando o policial militar Raimundo Silva foi alvejado com um tiro no rosto por um bandido ainda não identificado.
O bandido foi abordado momento depois por um policial civil, que efetuou três disparos, o acertando também no rosto, braço e peito. O PM não resistiu ao ferimento, já que o projétil entrou pelo lado esquerdo e se alojou abaixo da orelha direita.
Ainda com vida, o bandido foi levado para o hospital pelos bombeiros, onde recebeu os primeiros-socorros e resistiu até às 12h35. Sem nenhum documento, até ser levado para o IML na Capital, distante 240 km, ainda não se sabia quem era o jovem, que aparentava ter cerca de 25 anos.
Entenda o caso
Segundo foi apurado, o bandido que estava numa moto teria tentado praticar um assalto na casa do irmão do policial militar, sargento Raimundo Silva (40), recém- promovido por tempo de serviço, nascido na cidade de Brasiléia e de família tradicional.
Conhecido pelo apelido de “Buru”, o policial foi chamado e, à paisana, foi atrás do assaltante. Cerca de 400 metros da residência e menos de 100m da delegacia, abordou o bandido. Ele teria dado voz de prisão ainda em cima, também, de sua moto.
Sem tempo de reagir, o bandido sacou de uma pistola automática, apontou para seu rosto e atirou. “Buru” ainda tentou pegar a arma, mas o tiro acertou sua mão e ele caiu, morrendo em seguida.
Policial civil mata bandido
Pouco metros à frente, um policial civil que estava conversando com amigos, percebeu o que estava acontecendo e abordou o bandido na moto, dando voz de prisão com arma em punho.
Segundo testemunhas que pediram para não ser identificadas, o bandido teria sacado novamente a pistola contra o policial civil. Antes que conseguisse atirar, foi alvejado por três disparos: um no rosto, no peito e no braço esquerdo.
Apesar de receber os primeiros-socorros e resistir por cerca de uma hora, ele morreu na UTI. A notícia da morte do policial abalou toda a corporação, população e familiares, já que era bastante conhecido e tido como “boa praça”. (Alexandre Lima/O Alto Acre)