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Binho e Danielle Mitterrand assinam acordos de cooperação

O governador Binho Marques celebrou sexta-feira, 30, novos acordos de cooperação com Danielle Mitterrand, presidente da Fundação France Libertés e esposa do ex-presidente francês François Mitterrand. A proposta é produzir novos indicadores de riqueza e desenvolvimento para o Estado do Acre. Em 2007 o Acre firmou um acordo com a FL pelo qual se criou um grupo de trabalho para elaboração dos novos indicadores. Desde então, vários atos e medidas foram adotados.
A reunião ocorreu no Gabinete do Governador com as presenças do diretor-geral da Fundação France Libertés no Brasil, André Abreu de Almeida; do líder indígena Ailton Krenak, do presidente da Rede Povos da Floresta, João Fortes, e do secretário de Meio Ambiente do Acre, Eufran Amaral.

As mudanças positivas que o zoneamento ecológico-econômico (ZEE) trouxeram ao Estado e a necessidade de um novo tipo de indicador para medir a riqueza acreana sem deixar de levar em conta as características locais indicam a necessidade de  criação de um novo indicador de sustentabilidade, o que, na prática, significa medir a riqueza de uma forma diferente. “Apesar das nossas diferenças somos capazes de construir princípios de não agressão entre nós e a natureza”, disse o governador.

Danielle Mitterrand conduz o programa “Reconsiderar a riqueza”, que originou na conferência internacional de mesmo nome promovida pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Paris em 2002, quando foi apresentado o relatório de estado “Reconsiderer La Richesse” (“Reconsiderar a riqueza”, em português), de Patrick Viveret. Várias instituições brasileiras contribuem para o projeto.

Há anos Danielle Mitterrand vem apontando para a necessidade de mudar o atual modelo de consumo e desenvolvimento econômico, já que os recursos naturais são finitos. Entre os acordos firmados, Binho Marques lançou no Acre as bases do Programa Mensageiros da Água, cujo objetivo é sistematizar práticas pedagógicas e criar intercâmbios entre diferentes atores da sociedade a fim de promover visibilidade aos projetos de acesso à água potável, preservação dos mananciais, saneamento, educação e cidadania. “A água é um bem comum e não levada em consideração nos indicadores”, disse Danielle Mitterrand. (Agência Acre)

 

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