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Márcio Batista diz que prefere a militância ao invés da candidatura

O secretário de Articulação Política da prefeitura de Rio Branco, Márcio Batista, era um nome certo para concorrer a uma vaga na Aleac. Mas o ex-vereador e líder do prefeito resolveu trilhar outros caminhos em 2010. Continuará ocupando o cargo de secretário municipal. Militante desde a infância do PCdoB, Batista, explicou os motivos da sua desistência da candidatura. “Foi amplamente discutido no PCdoB e avaliamos que para o atual projeto do partido nas eleições proporcionais não cabia a minha candidatura. Teremos outras candidaturas em Rio Branco e não queremos pulverizar votos”, justificou.
A responsabilidade do PCdoB com a atual administração do prefeito Angelim (PT) foi outro fator preponderante. “Foi preferível preservar o meu nome e concentrar o trabalho na administração de Rio Branco. O PCdoB sempre jogou muito forte na área de política. Achamos que para uma administração dar certo não basta a gestão, mas uma boa capacidade de articular politicamente com a base e a oposição.

Também entendi que foi a melhor engenharia. Mesmo porque não tinha convicção que em sendo candidato teria ampla chance de ganhar eleição. Seria uma candidatura com riscos eleitorais e, nesse momento, não seria prudente correr riscos porque existirão outras eleições que posso muito bem estar lutando com melhores chances”, ressalvou.

E depois completou: “acho que meu trabalho no momento é mais útil na prefeitura. Nós precisamos ter quadros partidários para coordenar as candidaturas. A minha não-candidatura contribuirá para exercer o papel de dirigente partidário ajudando no processo eleitoral do PCdoB”, disse ele.

As chances dos candidatos do PCdoB
O articulador político da prefeitura analisa as possibilidades dos dois principais candidatos à Aleac do seu partido em Rio Branco. “O Eduardo Farias é um quadro nosso muito respeitado e com experiência em gestão e o vejo com boas condições de ganhar a eleição. A ve-readora Ariane Cadaxo traz a novidade da ampliação da participação das mulheres na política. Ainda mais que na corrida do Planalto teremos duas candidatas e ela pode aglutinar esse voto feminino”, argumentou.

Quanto a possível saída de Eduardo Farias, caso eleito, do cargo de vice-prefeito, Márcio admite que há riscos políticos. “Isso foi levado em consideração e conversado com o Angelim. Realmente poderá ter esse efeito colateral. Abre a vacância para vice-prefeito que seria exercido pelo próximo presidente da Câmara Municipal. Mas nos colocamos a serviço da construção em que constitui uma nova mesa diretora da Câmara e garanta a afinidade do prefeito com o seu novo vice. Vamos fazer isso com a cautela na perspectiva da eleição de um presidente que seja leal ao projeto da FPA. É um desafio político a ser trabalhado depois das eleições”, avaliou.

Futuro político
Márcio Batista é um entusiasta do rock. Mas ainda não pretende abandonar a política. “Sou de uma nova geração de políticos. Nasci no PCdoB e cresci no partido com a visão de que a política só se desenvolve como militância. Não é necessa-riamente preciso deter um cargo legislativo ou executivo. A militância também é uma forma de exercer a política. É uma causa. Hoje me sinto bem fazendo um trabalho parecido com aquilo que fazia na Câmara quando era vereador, a articulação política. Se conseguir fazer bem o meu trabalho poderei me credenciar para disputar uma nova eleição, em 2012, e quem sabe voltar à Câmara Municipal”, salientou.

Indagado sobre se a derrota que sofreu em 2008 teria afetado às suas decisões, Márcio, responde: “o que aconteceu nas últimas eleições não abalou as minhas convicções de continuar militando na política. Foi uma derrapada que todo mundo está sujeito. Isso, inclusive, me fez refletir muito e extrair as lições fundamentais dos erros cometidos para me tornar mais maduro. Se voltar a exercer a atividade parlamentar poderei fazer isso de forma mais madura, com mais qualidade e conteúdo”, finalizou. 

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