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Oposição quer aprovar CPI das Pontes antes das eleições

Será uma missão quase impossível. Mas o deputado Luiz Calixto (PSL), uma das principais lideranças da oposição, colhia, ontem, assinaturas para a instauração de uma nova CPI na Aleac. Para aprovar a Comissão Parlamentar de Inquérito, segundo o regimento da Casa, é preciso de oito assinaturas dos deputados e depois a aprovação em plenário de pelo menos 13 votos. Como a bancada governista tem 14 deputados e a oposição 10 será muito difícil a sua aprovação.

Calixto quer uma CPI que investigue a construção das pontes da BR-364 que apresentaram problemas técnicos. “Queremos apurar os problemas nas diversas pontes que estão sendo construídas no Acre. As dos Rio Gregório, que teve uma coluna desmoronada, a do Envira, com uma pilastra demolida, a do Macapá, com uma das vigas demolidas por conta de defeitos na construção, no Caeté, em que o pilar se afastou mais de um metro e a do Jurupari, que foi construída abaixo do nível das águas. Queremos investigar com seriedade para apontar culpados e soluções. Não para enrolar como diversas outras CPIs”, afirmou.

Para o parlamentar oposicio-nista a proximidade do período eleitoral não atrapalharia o andamento da CPI. “Vamos investigar contratos com as empresas construtoras e as que fazem locação de maquiná-rios. Nós vamos conversar com a bancada de sustentação para nos ajudar a aprovar o requerimento. Não acredito que sejam contrários a CPI. Nós não queremos fazer debates políticos e nem confrontos. Se nós formos nos balizar por vésperas de eleição nunca faríamos uma CPI no Brasil por que a cada dois anos tem eleições. Se não fizermos agora não sei se estarei aqui na próxima legislatura. Nós temos que superar a máxima de que em ano de eleição não se pode trabalhar. A CPI pode ser feita em 60 dias, mas estou requerendo 90 dias. Se fizer três ou quatro oitivas por semana não se leva o tempo requerido. Basta que se trabalhe com intensidade. Mas se tiver enrolação a CPI vai coincidir com as eleições de 2014,ironizou.

A CPI não deverá ser aprovada por governistas – O líder do Governo, deputado Moisés Diniz (PCdoB) já antecipou que dificilmente a Aleac terá uma nova CPI antes do período eleitoral. “Nós vamos reunir a bancada de apoio ao Governo para nos posicionarmos em bloco. Mas há uma tendência de votar contrário ao requerimento de instauração da CPI considerando que ela se instalaria por 90 dias a 120 dias das eleições. Acho difícil apesar da boa vontade do parlamentar que, inclusive, foi à tribuna dizer que se esforçará para que não politize a CPI. Mas fica praticamente impossível não politizar uma CPI numa época eleitoral”, explicou.

 

 

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